Um grupo de 59 empresários e executivos está se mobilizando para apoiar um projeto de lei que estabelece as bases para a criação do mercado de créditos de carbono no Brasil. Entre os membros estão figuras proeminentes como Ana Maria Diniz (Instituto Península), Armínio Fraga (Gávea), Luiza Trajano (Magazine Luiza) e Walter Schalka (Suzano).
Em agosto, o grupo divulgou um manifesto intitulado “Pacto Econômico com a Natureza”, expressando seu apoio aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para implementar projetos que ajudem a combater o aquecimento global, citando enchentes no Rio Grande do Sul e queimadas em diversas regiões do país. Agora, eles se engajam na discussão do PL nº 182/2024, que tramita no Senado e visa criar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).
Fábio Barbosa, CEO da Natura e um dos signatários da carta de apoio ao projeto, destaca a importância da aprovação do PL nas próximas semanas, especialmente com a COP 29 se aproximando. “Esse projeto permitirá que o Brasil se insira nas discussões ambientais globais”, afirma Barbosa.
Pedro de Camargo Neto, pecuarista e membro do conselho da BRF, acrescenta que o Brasil possui grande potencial para sequestrar carbono, com diversos projetos de reflorestamento em andamento. Ele ressalta que investidores internacionais já estão interessados em comprar créditos de carbono do Brasil, mas uma regulamentação é necessária para facilitar essa transação.
O projeto foi discutido em audiência pública em junho na Subcomissão do Mercado de Ativos Ambientais do Senado, recebendo elogios de especialistas. Os empresários afirmam que a aprovação do PL é crucial para estimular tecnologias de baixo carbono e credenciar o Brasil em discussões globais, especialmente com a COP 29 começando em 11 de novembro em Baku, Azerbaijão, onde o país terá um papel de destaque, sendo sede da COP 30 em 2025. (Informações Globo Rural)