O domínio do Google como principal ferramenta de busca na internet pode estar com os dias contados. Pela primeira vez em mais de uma década, a participação de mercado da gigante de tecnologia deve cair abaixo de 50% até 2025. Esse declínio não está sendo provocado por concorrentes tradicionais, mas por uma mudança significativa nos hábitos de navegação dos usuários, que estão cada vez mais recorrendo a redes sociais e plataformas de e-commerce para suas pesquisas.
Novos players estão se consolidando nesse mercado, avaliado em US$ 300 bilhões. Entre os principais, destaca-se o TikTok, que se tornou a plataforma preferida de buscas para 40% da geração Z, além do Perplexity, uma inteligência artificial que também atua como buscador, oferecendo respostas rápidas e personalizadas.
A mudança no comportamento dos usuários afeta diretamente a lógica por trás das buscas na internet. Até então, a maioria das empresas pagava para garantir que seus anúncios e links aparecessem no topo dos resultados de pesquisa, um modelo que ajudava a manter o Google no topo. Por exemplo, companhias de marketing frequentemente investem em palavras-chave específicas para se destacar nas buscas relacionadas a seus produtos ou serviços.
Essa transformação no mercado de buscas pode, no entanto, trazer um "copo meio cheio" para o Google. Com a diversificação de plataformas de pesquisa, as acusações de monopólio que a empresa enfrenta em órgãos reguladores antitruste podem perder força, aliviando a pressão sobre a Big Tech.