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Rio Paraguai atinge menor nível histórico e acende alerta para crise hídrica

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Foto: Álvaro Rezende Por: Editorial | 09/10/2024 08:31

Nesta terça-feira (8), o Rio Paraguai atingiu seu menor nível histórico, marcando apenas 62 centímetros, de acordo com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). A situação, que ultrapassa o recorde anterior de 1964, é a pior desde o início do monitoramento em 1900. O Imasul emitiu um alerta para a gravidade da seca, que agrava diariamente com quedas de 1 a 2 centímetros no nível do rio, segundo a Sala de Situação, responsável pelo monitoramento hídrico no Estado.

Apesar de o nível estar abaixo da chamada "cota zero", o Rio Paraguai não está completamente seco. Em Ladário, a profundidade média ainda é de aproximadamente 5 metros, graças à formação de um canal natural no leito do rio, o que garante um volume mínimo de água necessário para a navegação. A cota zero é uma referência histórica para marcar o nível crítico, mas isso não significa ausência de água, e sim a redução significativa do volume em várias partes do curso do rio.

Impactos econômicos e ambientais

A queda drástica no nível do Rio Paraguai já tem repercussões diretas para a economia e o meio ambiente da região. O turismo e a pesca, duas atividades econômicas cruciais para as comunidades ribeirinhas, estão sendo severamente afetados. Além disso, as populações locais enfrentam dificuldades com o abastecimento de água, essencial para a subsistência e o transporte fluvial.

A escassez de chuvas na bacia hidrográfica do Pantanal, somada à variabilidade climática, é apontada por especialistas como a principal causa do fenômeno. O Pantanal, reconhecido como um dos biomas mais importantes e vulneráveis do mundo, sofre impactos não apenas na biodiversidade, mas também nas condições de vida das comunidades que dele dependem.

"O baixo nível do Rio Paraguai impacta diretamente a vida das comunidades e das atividades econômicas, como turismo e pesca. O Imasul está mobilizado para acompanhar a situação de perto e repassar informações precisas", explicou André Borges, diretor-presidente do Imasul.

Medidas emergenciais

Diante do cenário crítico, o Imasul, em colaboração com outros órgãos, está adotando medidas emergenciais para apoiar as comunidades afetadas. Thays Yamaciro, coordenadora da Sala de Situação do Imasul, destacou a importância do monitoramento contínuo para mitigar os impactos da seca. "O monitoramento contínuo é crucial para entendermos o comportamento do rio e adotarmos ações preventivas", afirmou.

A crise hídrica no Rio Paraguai exige soluções imediatas e sustentáveis, enquanto as autoridades buscam maneiras de lidar com uma seca que já é considerada uma das mais graves da história recente.




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