Mato Grosso do Sul já contabiliza 19.110 casos prováveis de dengue em 2024, com 15.901 confirmações da doença, segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira (3) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), referente à 39ª semana epidemiológica. Entre as 30 mortes confirmadas em decorrência da dengue no estado, um dos óbitos ocorreu em Naviraí, cidade que tem enfrentado o avanço da doença junto com outros municípios da região.
Além de Naviraí, óbitos foram registrados em Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Do total de vítimas, 15 apresentavam comorbidades, como diabetes e hipertensão, o que agravou o quadro clínico.
Cenário em Naviraí
O município de Naviraí se destaca pela preocupação crescente com a saúde pública, especialmente devido ao aumento dos casos de dengue. A cidade faz parte de um conjunto de municípios da região sul do estado que têm registrado elevados números da doença, exigindo maior atenção das autoridades locais e da população. O risco de complicações e mortes por dengue aumenta conforme os casos sobem, especialmente em pessoas com condições pré-existentes, o que reflete a gravidade da situação enfrentada por Naviraí.
Vacinação contra a dengue
No combate à dengue, Mato Grosso do Sul já aplicou 92.216 doses da vacina contra o vírus, de um total de 173.140 recebidas do Ministério da Saúde. A imunização é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que apresenta o maior número de hospitalizações. O esquema vacinal inclui duas doses, aplicadas com um intervalo de três meses.
Chikungunya também preocupa
Além da dengue, o Estado já registrou 3.143 casos prováveis de Chikungunya, com 893 confirmações, mas sem registros de óbitos até o momento. A SES alerta para os perigos da automedicação e orienta que, em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a população deve buscar atendimento nas unidades de saúde de seus municípios.
A situação em Naviraí e em outras cidades de Mato Grosso do Sul reforça a necessidade de medidas preventivas, como a eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças, além da vacinação, especialmente entre os mais jovens.