O jornalista Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, conforme anunciado por Patrícia Poeta durante o programa "Encontro". O comunicador enfrentava problemas renais desde 2022 e, por esse motivo, passou a se submeter a sessões de diálise. O tratamento, inicialmente realizado em um hospital, foi transferido para sua casa, com a assistência de sua esposa, Fátima Sampaio.
Com uma voz inconfundível, Cid Moreira deixou sua marca na televisão brasileira ao apresentar o "Jornal Nacional" por 27 anos. Ele estreou no telejornal em 1969, ao lado de Hilton Gomes, com quem compartilhou a bancada durante dois anos. No entanto, a parceria mais memorável foi com Sérgio Chapelin, com quem trabalhou por mais de uma década.
Ao relembrar sua estreia no "JN" em uma entrevista ao site Memória Globo, Cid revelou que não compreendia plenamente a importância daquele momento. "Eu chegava no horário de fazer o jornal, não participava da redação. Eu só ia para apresentar o jornal. Naquele dia, cheguei e vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. E, para mim, era normal. Mas no dia seguinte, vi na capa do jornal O Globo: 'Jornal Nacional…' Aí comecei a perceber a dimensão", contou.
Em 1996, Cid Moreira foi substituído por William Bonner e Lilian Witte Fibe, quando o "Jornal Nacional" passou por uma reformulação. O locutor também fez parte da equipe do "Fantástico", onde sua narração no quadro do Mister M, o mago mascarado que revelava truques de mágica, se tornou um dos momentos mais icônicos de sua carreira.
Carinhosamente chamado de "Cidão" por amigos e familiares, Cid Moreira nasceu em 27 de setembro de 1927, em Taubaté, interior de São Paulo. Formado em contabilidade, sua transição para a comunicação ocorreu por acaso, após um amigo, cujo pai era diretor de uma rádio local, descobrir seu talento como locutor em uma festa regional. Convencido a fazer um teste de locução, Cid logo passou a narrar comerciais, antes de ingressar na televisão.