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Ataques aéreos e terrestres de Israel matam dezenas na Faixa de Gaza


Bairro de Al Shaboura, em Rafah, após destruição em massa causada por bombardeios israelenses | UN News/ Ziad Taleb Por: Editorial | 02/10/2024 11:06

Pelo menos 51 pessoas foram mortas e 82 ficaram feridas em ataques aéreos e terrestres de Israel em Khan Younis, na Faixa de Gaza. Entre as vítimas, há pelo menos sete mulheres e 12 crianças, incluindo uma com menos de dois anos.

Khan Younis, a segunda maior cidade da Faixa de Gaza, já havia sofrido severos danos devido a uma ofensiva do exército israelense que ocorreu no início do ano. Apesar da destruição, muitos moradores retornaram à área após a retirada das tropas, sem ter para onde ir. Testemunhas relataram que as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram uma incursão em três bairros ao mesmo tempo em que bombardeios intensos aconteciam em outras regiões. Mahmoud al-Razd, um palestino que perdeu quatro parentes, descreveu a devastação e afirmou que os socorristas enfrentaram dificuldades para alcançar as casas arrasadas. “As explosões e os bombardeios foram massivos. Muitas pessoas estão sob os escombros, e ninguém pode resgatá-las”, relatou.

Além das mortes em Khan Younis, outras 23 pessoas, incluindo duas crianças, foram vítimas de ataques separados em toda a Gaza, conforme informado por hospitais locais.

Esses ataques ocorrem em meio ao aumento das tensões entre Israel e Irã. Na terça-feira (1°), Teerã lançou cerca de 180 mísseis balísticos em direção a Tel Aviv e Jerusalém Ocidental em resposta à morte de líderes do Hamas e do Hezbollah nas últimas semanas. No mesmo dia, Israel iniciou uma invasão terrestre no Líbano, após realizar bombardeios que resultaram em mais de mil mortes e deslocaram 1 milhão de libaneses.

A escalada da violência motivou o Conselho de Segurança da ONU a convocar uma reunião de emergência para esta quarta-feira (2). O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a “escalada após escalada” no Oriente Médio. O chefe do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu uma redução imediata do conflito. “Imploro a todos os Estados, incluindo os membros do Conselho de Segurança, que ajam decisivamente para evitar um conflito mais amplo no Oriente Médio, com consequências potencialmente devastadoras para os civis”, afirmou. “É vital que usem suas vozes e influência para trazer as partes em guerra à mesa de negociações para pôr fim a essa situação.”




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