O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está analisando, nesta segunda-feira (30), a possibilidade de repatriar brasileiros que se encontram no Líbano, diante da intensificação do conflito entre Israel e o grupo militante Hezbollah. A operação de resgate, no entanto, enfrenta desafios diplomáticos e logísticos que são considerados complexos pelo Itamaraty.
O chanceler Mauro Vieira, que chegou ao México no domingo (29) para se reunir com Lula, traz atualizações sobre a situação no Oriente Médio. Vieira participou da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York antes de seguir para o encontro com o presidente.
Durante a reunião, o ministro apresentará os obstáculos que podem dificultar uma possível repatriação, enquanto o Itamaraty, por ora, defende que o governo brasileiro adote uma postura cautelosa e aguarde antes de tomar qualquer decisão definitiva sobre a retirada dos cidadãos.
Conflito entre Israel e Hezbollah agrava situação no Líbano
No último domingo (29), ataques aéreos de Israel atingiram várias áreas do Líbano, causando dezenas de mortes e danificando severamente a infraestrutura do Hezbollah. Entre as vítimas dos bombardeios estão importantes líderes do grupo extremista, incluindo Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah por mais de três décadas, e o comandante Nabil Kaouk.
O conflito, que se intensificou nas últimas semanas, já afetou diretamente brasileiros no Líbano. Na semana passada, dois adolescentes brasileiros foram mortos: Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e Mirna Raef Nasser, de 16. Mohamed Abdallah, de 16 anos, irmão de Ali, conseguiu retornar ao Brasil e relatou o terror de ter presenciado a morte de seu pai e irmão ao seu lado.
A escalada de violência no Líbano levanta preocupações sobre a segurança dos brasileiros que ainda permanecem no país, impulsionando o debate sobre a necessidade de uma operação de resgate.