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Cacau registra maior valorização em dois meses

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Foto: Wenderson Araujo/CNA Por: Editorial | 26/09/2024 16:10

As soft commodities iniciaram a sessão em alta na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira (26), com destaque para os contratos de dezembro do cacau, que registraram um aumento de 3,72%, ultrapassando os US$ 8 mil por tonelada. O preço, que alcançou US$ 8.250, representa a maior alta dos últimos dois meses.

O clima tem sido um fator crucial para a volatilidade e o aumento dos preços na bolsa americana. No caso do cacau, a recuperação é impulsionada por problemas persistentes de oferta, especialmente em Gana, o segundo maior produtor global, e por informações que indicam uma safra reduzida na Costa do Marfim, o maior produtor mundial. A seca na África Ocidental gera preocupações, pois pode comprometer ainda mais a produção, o que, segundo o Barchart, tende a manter os preços elevados até o final deste ano.

Café

Os contratos de café arábica com vencimento em dezembro também apresentaram valorização, subindo 0,87%, com preços fixados em US$ 2,7145 a libra-peso. Nesta manhã, as negociações em aberto ultrapassaram 101 mil contratos. Eduardo Carvalhaes, especialista do escritório Carvalhaes, destacou que os fundamentos do grão permanecem os mesmos, e que a volatilidade dos preços, influenciada por interesses de curto prazo de fundos e especuladores, deve continuar. Embora chuvas pontuais tenham ocorrido em algumas áreas produtoras de café no Brasil, Carvalhaes alertou que isso ainda não é suficiente para indicar uma reversão da tendência de redução da safra para 2025-26. O cenário deve se esclarecer após outubro, quando se esperam maiores níveis de precipitação e floradas consistentes.

Açúcar

O açúcar demerara também se destaca em um desempenho positivo, operando a 23,64 centavos de dólar por libra-peso, com uma alta de 0,94% nos contratos de março, que são os mais líquidos no momento. Os preços são influenciados pela alta do petróleo bruto, além dos efeitos da seca e dos incêndios que impactam a produção no Brasil, o maior produtor mundial. Projeções de consultorias privadas indicam uma queda de 1,3% na produção de açúcar na principal região produtora do país, o que tem sustentado os preços no mercado.

Algodão

Por outro lado, o algodão é a única commodity com desempenho negativo nesta manhã, apresentando uma leve queda de 0,16%, operando a 73,08 centavos de dólar por libra-peso. O mercado de algodão tem enfrentado maior volatilidade, com preços pressionados pela incerteza nas condições climáticas e pelo impacto de políticas comerciais globais. As recentes oscilações refletem tanto fatores climáticos adversos quanto a demanda flutuante, especialmente na Ásia.




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