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Pecuária de MS avança com produção de novilhos precoces e tecnologias sustentáveis

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Fotos: Mairinco de Pauda Por: Editorial | 24/09/2024 15:36

Mato Grosso do Sul abateu mais de 3,5 milhões de bovinos em 2023, dos quais 40% – cerca de 1,3 milhão de cabeças – eram de novilhos precoces, animais jovens com acabamento de carcaça superior e alta qualidade. Esses resultados refletem a constante evolução da pecuária no estado, impulsionada pela adoção de novas tecnologias pelos produtores e pelo Programa Precoce MS.

Desenvolvido pelo Governo do Estado por meio da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o Programa Precoce MS bonifica os pecuaristas pelo acabamento dos animais e pela adoção de práticas produtivas sustentáveis. Recentemente reformulado, o programa passou a igualar esses critérios, atribuindo o mesmo peso ao manejo sustentável das propriedades e à qualidade do rebanho.

Desde a reformulação em abril de 2024, o programa já conta com 521 técnicos habilitados, que monitoram 2.250 propriedades rurais cadastradas. Nos últimos cinco meses, 657.224 animais foram abatidos em 26 frigoríficos, gerando R$ 43,1 milhões em incentivos aos pecuaristas participantes.

Mato Grosso do Sul, já reconhecido pela alta qualidade de sua carne, avança agora para se consolidar como referência também em processos produtivos sustentáveis. Esses números e avanços foram apresentados no Fórum Precoce MS, realizado na segunda-feira (23). O evento, organizado em parceria com a Associação dos Produtores de Novilho Precoce MS, reuniu 180 responsáveis técnicos (RTs) para debater as novas regras e adaptações ao programa.

Na abertura do fórum, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou o papel crucial da pecuária no crescimento do estado. “Mesmo com resultados excepcionais, como a redução do tempo médio de abate dos animais em 17 meses, estamos discutindo hoje com o setor o aprimoramento e modernização do programa”, afirmou Verruck.

O presidente da Associação Novilho Precoce MS, Rafael Gratão, ressaltou o impacto do programa na pecuária local. “Nosso objetivo é uma pecuária mais eficiente, o que nos permitirá acessar mercados mais valorizados, como o europeu, onde tudo precisa ser certificado e comprovado”, explicou Gratão.

Frederico Stella, diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, destacou a credibilidade do Precoce MS. “Reformulações sempre geram dúvidas, e este fórum é o local ideal para esclarecê-las. Aqui, estão os especialistas que farão a diferença no desempenho da pecuária no estado”, afirmou, alertando também sobre o risco de o programa ser encerrado em 2032, caso a reforma tributária não sofra alterações.

O secretário Verruck reforçou o impacto tecnológico da pecuária de Mato Grosso do Sul. “Nos últimos 8 a 10 anos, a pecuária perdeu cerca de 4 milhões de hectares de pastagens, mas isso veio acompanhado de uma grande demonstração de avanço. Conseguimos reduzir o tempo de abate, aumentar o peso médio dos animais e melhorar a qualidade da carne, tudo isso com menos hectares”, concluiu. “A pecuária é uma atividade essencial para o desenvolvimento econômico do estado.”




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