O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (23/9) o envio de tropas adicionais para o Oriente Médio, em resposta ao aumento das tensões entre Israel e o grupo Hezbollah. A decisão foi comunicada pelo Pentágono, que destacou a medida como uma ação de cautela.
"Devido ao aumento da tensão na região e por motivos de segurança, estamos enviando um pequeno número de militares americanos adicionais para reforçar nossas forças já presentes", afirmou o porta-voz do Pentágono, major-general Pat Ryder, durante coletiva de imprensa. Contudo, detalhes sobre o número exato de militares e a natureza da operação não foram revelados, embora estimativas indiquem que cerca de 40 mil soldados americanos estejam atualmente na região.
No domingo (22/9), o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, teve uma conversa com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, na qual reafirmou o apoio dos EUA a Israel e o direito do país de se defender, conforme comunicado do Pentágono.
Aumento das hostilidades no Líbano
O temor de uma guerra aberta entre Israel e Hezbollah aumentou nas últimas semanas, especialmente após uma série de ataques na região. Nesta segunda-feira, um bombardeio israelense contra alvos do Hezbollah no Líbano resultou na morte de 274 pessoas, incluindo 21 crianças e 31 mulheres, além de mais de mil feridos. Este ataque é um dos mais devastadores desde o início das hostilidades entre os dois lados.
O Hezbollah, por sua vez, continua a realizar ataques com mísseis e drones contra território israelense, intensificando ainda mais o conflito. A escalada de violência na fronteira representa um grave desafio para a estabilidade regional, enquanto as potências mundiais monitoram a situação de perto.