Êxodo no sul do Líbano: Milhares fogem após bombardeios israelenses que deixam 274 mortos

Milhares de libaneses estão abandonando o sul do país após uma série de intensos bombardeios israelenses que resultaram na morte de 274 pessoas nesta segunda-feira (23). Além das fatalidades, mais de mil pessoas ficaram feridas nos ataques, que agravaram a já tensa situação na região.

Em Sídon, importante cidade do sul do Líbano, a principal rodovia em direção à capital, Beirute, ficou congestionada, com uma longa fila de veículos de moradores tentando fugir dos bombardeios. Este movimento de fuga é o maior registrado desde a guerra entre Israel e Hezbollah, em 2006.

De acordo com o ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, os ataques desta segunda-feira atingiram hospitais, centros médicos e ambulâncias, provocando uma crise humanitária. Em resposta, o governo libanês decretou o fechamento de escolas e universidades em várias regiões do país e iniciou a preparação de abrigos para acolher os deslocados que chegam do sul.

As Forças Armadas de Israel informaram que atingiram 800 alvos, afirmando que os ataques tinham como objetivo esconderijos de armas do grupo Hezbollah. Os militares israelenses também expandiram suas operações, atingindo áreas próximas à fronteira com a Síria, onde o Hezbollah foi fundado em 1982 com o apoio da Guarda Revolucionária Iraniana.

O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, alertou os civis libaneses a evacuarem as áreas onde o Hezbollah mantém seus arsenais, sugerindo que novos ataques podem ocorrer nesses locais. (Com informações da AP News)