Bombardeios israelenses no Líbano deixam pelo menos 100 mortos e 400 feridos

O Ministério da Saúde do Líbano informou que, até o momento, 100 pessoas morreram e 400 ficaram feridas em decorrência dos ataques israelenses direcionados ao Hezbollah. Na segunda-feira (23), o exército israelense afirmou ter atingido 300 alvos no território libanês.

Nos últimos sete dias, cerca de 150 pessoas, muitas delas civis, foram mortas. Antes da escalada de violência iniciada com uma série de explosões de pagers na terça-feira (17), aproximadamente 600 pessoas já haviam perdido a vida no Líbano desde outubro, a maioria combatentes, mas também mais de 100 civis.

O Hezbollah anunciou o disparo de dezenas de foguetes contra um posto militar israelense na Galileia. A tensão na região continua a aumentar, com o grupo extremista lançando mais de 100 foguetes no domingo em direção ao norte de Israel, alguns caindo nas proximidades da cidade de Haifa. O Exército de Israel relatou que os foguetes foram direcionados a áreas civis.

Essa resposta do Hezbollah segue ataques aéreos em Beirute e ações do serviço secreto israelense que destruíram centenas de pagers e walkie-talkies.

A coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, pediu calma na região enquanto os ataques entre Israel e Hezbollah persistem.

Contexto dos conflitos

O conflito entre Hezbollah e Israel intensificou-se a partir de 8 de outubro de 2023, um dia após o ataque do Hamas ao sul de Israel e o sequestro de 253 pessoas. O Hamas e o Hezbollah são aliados históricos, com o apoio do Irã.

Desde o início da guerra, mais de 41 mil palestinos foram mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo autoridades de saúde. Israel, por sua vez, afirma ter eliminado mais de 17 mil militantes do Hamas, embora não tenha apresentado evidências sobre esses números.

Os bombardeios israelenses causaram grande destruição na Faixa de Gaza, deslocando cerca de 90% da população, que totaliza 2,3 milhões de habitantes, desde o início do conflito. (Com informações da Associated Press)