A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (18) novas normas para a composição das vacinas contra a covid-19 no Brasil. As regras indicam quais variantes do coronavírus devem ser incluídas nos imunizantes e detalham como deve ocorrer a atualização das vacinas. Segundo a Anvisa, as normas seguem os padrões internacionais e serão publicadas no Diário Oficial da União.
A agência destacou que o coronavírus, causador da covid-19, continua a sofrer mutações, o que exige ajustes contínuos nas vacinas, especialmente devido ao surgimento de novas variantes preocupantes. O objetivo da atualização é aprimorar a resposta imunológica das vacinas às variantes circulantes.
Desde o início da pandemia, o Brasil registrou mais de 38 milhões de casos de covid-19 e 713 mil mortes. Em 2023, até 7 de setembro, foram notificados 696.903 casos e 4.539 mortes.
Atualmente, sete vacinas contra a covid-19 são aprovadas pela Anvisa no Brasil, incluindo as da Pfizer, Janssen, Fiocruz e outras. A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, que votou pela aprovação das normas, ressaltou a importância de continuar atualizando os imunizantes para manter sua eficácia, especialmente contra novas variantes.
Vacinação como Estratégia de Proteção
Freitas também reforçou que a vacinação é a estratégia mais segura e eficaz para evitar hospitalizações, reduzir mortes e prevenir sequelas como a síndrome pós-covid. A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora a evolução do vírus globalmente e faz recomendações sobre a composição das vacinas, sendo que, até o momento, não há grandes diferenças na transmissão entre os hemisférios Norte e Sul.
Grupos Prioritários para Vacinação
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação para grupos prioritários, como pessoas com 60 anos ou mais, imunocomprometidos, gestantes, povos indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde e pessoas com comorbidades. Também faz parte do calendário de rotina para crianças entre seis meses e cinco anos.
Falta de Vacinas para Crianças
Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios, divulgado no último dia 13, apontou que 770 cidades relataram falta de vacinas contra a covid-19 para crianças. Em resposta, o Ministério da Saúde afirmou que mantém o envio regular de doses aos estados, que são responsáveis por abastecer os municípios, e que não há falta generalizada de vacinas no país.