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Risco de suicídio entre adolescentes aumenta na comparação com outras faixas etárias, diz Fiocruz

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Falar sobre o tema não aumenta a taxa de suicídio e, sim, pode ter efeito contrário | Freepik/Divulgação/SBT News Por: Editorial | 19/09/2024 14:54

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) revela um dado alarmante: o aumento expressivo nas taxas de suicídio entre adolescentes no Brasil, especialmente na faixa etária de 10 a 19 anos. O estudo alerta para o crescimento preocupante dessa tragédia, ressaltando a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a saúde mental dos jovens.

Segundo a pesquisa, em 2022, o crescimento da taxa de suicídios entre adolescentes de 10 a 19 anos foi 53,6 vezes maior em comparação ao ano 2000, destacando um cenário de agravamento acelerado. O estudo também indica que o aumento da mortalidade por suicídio nesse grupo etário tem sido mais acentuado do que em outras faixas etárias.

Um dos pontos mais alarmantes do levantamento é a inversão nas taxas de suicídio entre adolescentes e jovens adultos. Em 2022, a probabilidade de suicídio entre adolescentes foi 21% maior do que entre jovens adultos de 20 a 29 anos, uma mudança que começou a ser observada em 2019.

O relatório técnico, intitulado "Adolescência e Suicídio: Um Problema de Saúde Pública", foi elaborado pelos pesquisadores Raphael Mendonça Guimarães, Nilson do Rosário Costa e Marcelo Rasga Moreira, com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS). A análise detalha que, entre jovens de 10 a 29 anos, o suicídio representou 4,02% das mortes em 2022. Para os adolescentes de 10 a 19 anos, esse índice foi de 3,63%, enquanto entre os jovens adultos, de 20 a 29 anos, foi de 4,21%.

Este é um tema de grande sensibilidade, e é fundamental que seja tratado com cuidado e atenção, principalmente em relação ao apoio emocional e às estratégias de prevenção de suicídios entre jovens, que se mostram mais vulneráveis a esse risco crescente. O estudo reforça a urgência de ações integradas para prevenir essa forma trágica de mortalidade, que afeta milhares de famílias brasileiras.

Se você ou alguém que conhece está precisando de ajuda, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuito pelo número 188 ou pelo site cvv.org.br.




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