A Espanha, por meio da Comissão Estatal contra Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte, aplicou uma multa de 60 mil euros (cerca de R$ 370 mil) a um torcedor que fez ofensas racistas contra o jogador Vini Jr., do Real Madrid. Além da multa, o infrator está proibido de frequentar qualquer evento esportivo por dois anos.
A decisão da Comissão apontou que as ofensas, publicadas na plataforma X (antigo Twitter), continham "insultos de caráter racista e imagens do mesmo teor". O caso foi encaminhado ao Ministério do Esporte, que deve abrir uma investigação para determinar se o ato configura crime de ódio, o que pode resultar em punições mais severas.
Essa não é a primeira vez que a Espanha pune torcedores por ataques racistas contra Vini Jr. Em julho, um homem foi condenado a oito meses de prisão por ataques online ao jogador e seu colega de equipe, o alemão Antonio Rüdiger. Anteriormente, em junho, três torcedores do Valencia foram sentenciados à prisão pelo mesmo motivo.
Recentemente, Vini Jr. voltou a se pronunciar sobre o racismo no futebol espanhol. Em uma entrevista à CNN americana, o jogador enviou uma mensagem à Federação Internacional de Futebol (Fifa), sugerindo que a Espanha não seja uma das sedes da Copa do Mundo de 2030 caso o país não intensifique o combate ao racismo. "Até 2030, há tempo para uma grande evolução. Espero que a Espanha entenda a gravidade de insultar alguém pela cor da pele. Se não houver progresso, acredito que a Copa do Mundo deva ser realocada, porque é complicado para os jogadores atuarem em um país onde podem sofrer racismo", afirmou Vini Jr.