A intensa onda de calor que atinge o Brasil continua a agravar a seca em diversas regiões, com destaque para Mato Grosso do Sul (MS). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que a umidade relativa do ar nesta terça-feira (10) pode ficar entre 30% e 20% no estado, bem abaixo do índice de 60% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Centro-Oeste, que inclui MS, está entre as áreas mais afetadas, com temperaturas acima de 35°C e qualidade do ar comprometida, gerando riscos consideráveis à saúde da população.
A situação é especialmente preocupante no interior do estado, onde o tempo seco e o calor extremo têm intensificado os focos de queimadas. Além de Mato Grosso do Sul, outros 10 estados estão em alerta, incluindo Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.
Fumaça das queimadas agrava crise no ar em MS
A fumaça das queimadas florestais também tem se tornado uma grande ameaça em Mato Grosso do Sul. Segundo o MetSul, o estado está sob influência de um corredor de fumaça que vem se intensificando, especialmente no Oeste de MS e no Mato Grosso. O fenômeno, impulsionado pelos ventos, piora a qualidade do ar, aumentando os riscos de problemas respiratórios e outros danos à saúde, principalmente para crianças e idosos.
Embora o Sudeste do país deva ter um alívio temporário na quarta-feira (11), a situação no Centro-Oeste tende a permanecer crítica. A fumaça pode ainda se espalhar para o Sul, com Santa Catarina e Paraná já sendo alertados para um aumento no material particulado no ar.
Cuidados essenciais para enfrentar o clima seco em Mato Grosso do Sul
Com a umidade relativa do ar em níveis perigosamente baixos, a população de Mato Grosso do Sul deve adotar medidas de proteção. Em áreas com umidade entre 30% e 20%, é recomendado evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h, além de umidificar ambientes internos e aumentar a ingestão de água. Se os níveis caírem para menos de 20%, a recomendação é suprimir atividades ao ar livre entre 10h e 16h e evitar aglomerações em locais fechados.
Nos casos mais extremos, onde a umidade fica abaixo de 12%, as autoridades podem determinar a suspensão de atividades ao ar livre, como aulas de educação física e coleta de lixo, além de restringir eventos que promovam a aglomeração de pessoas em espaços fechados, como cinemas e escolas.
A combinação de seca, calor extremo e fumaça em Mato Grosso do Sul representa um desafio adicional à saúde pública, exigindo vigilância constante e ações preventivas para reduzir os impactos na população.