O custo da cesta básica apresentou uma nova queda nas 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Entre julho e agosto, as reduções mais significativas foram observadas em Fortaleza (-6,94%), João Pessoa (-4,10%), Goiânia (-4,04%), Porto Alegre (-3,78%) e Florianópolis e Natal (-3,38%).
São Paulo foi a capital com o custo mais alto para a cesta básica, totalizando R$ 786,35, seguida por Florianópolis com R$ 740,82. Em contraste, as menores médias foram registradas em Aracaju (R$ 516,40) e Recife (R$ 533,12), refletindo diferenças na composição da cesta nas regiões Norte e Nordeste.
O levantamento indica que a queda no custo da cesta básica foi impulsionada pela redução dos preços de diversos itens, como o tomate, que teve uma queda em todas as 17 capitais, o feijão, em 15 capitais, e o leite, em 12 capitais. No entanto, o preço do café subiu em todas as capitais, assim como o óleo de soja, que aumentou em 15 cidades.
Comparando os valores da cesta básica entre agosto de 2023 e agosto de 2024, observou-se que o custo aumentou em nove cidades, com destaque para São Paulo (3,33%) e Belém (3,02%). Em contrapartida, 11 capitais registraram queda nos preços, variando de -3,66% em Brasília a -0,02% em Curitiba e Salvador.
Em relação ao salário mínimo, o custo da cesta básica representa, em média, 50,13% do rendimento líquido do trabalhador, após o desconto de 7,5% para a Previdência Social. Esse percentual é uma leve redução em relação a agosto de 2023, quando a cesta comprometia 53,57% do salário mínimo. Para a manutenção de uma família de quatro pessoas em março, o Dieese estima que o salário mínimo necessário seria de R$ 6.606,13, ou 4,68 vezes o salário mínimo de R$ 1.412. No mesmo período do ano passado, com o salário mínimo de R$ 1.320, o valor estimado era de R$ 6.389,72, ou 4,84 vezes o piso salarial da época.