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Hoje é Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025.
O Brasil está enfrentando uma condição de ar mais seco do que o deserto do Saara neste início de setembro, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (6) pela MetSul Meteorologia. A intensa massa de ar seco que cobre grande parte do território nacional tem causado uma queda acentuada na umidade do ar, em alguns casos menor do que a registrada no maior deserto do mundo.
A baixa frequência de frentes frias e a escassez de chuvas contribuíram para essa situação, criando um ciclo de baixa umidade e aumento das temperaturas. Na última quinta-feira (5), dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostraram níveis alarmantes de umidade em várias cidades brasileiras: Barretos (SP) e Santa Teresa (ES) registraram apenas 7%, Ituiutaba (MG) marcou 9%, e Costa Rica (MS), 14%.
Em comparação, as menores umidades registradas no mesmo dia no deserto do Saara, de acordo com boletins meteorológicos de aeroportos da região, foram significativamente mais altas: 36% no Cairo (Egito), 84% em N'Djamena (Chade), 52% em Niamey (Níger), 52% em Argel (Argélia) e 59% em Bamako (Mali).
O estudo também aponta que o Saara está passando por uma situação climática atípica, com chuvas e níveis de umidade bem acima do normal, algo que ocorre a cada 10 ou 15 anos. Em algumas áreas, a precipitação chegou a superar a média histórica em 500%, e a tendência é de continuidade das chuvas nos próximos dias.
