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MS enfrenta crise de seca com risco extremo de incêndios florestais em setembro

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Foto: CBM-MS Por: Editorial | 29/08/2024 15:12

Mato Grosso do Sul enfrenta uma grave crise de seca que atinge todos os seus biomas — Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica — com níveis de severidade que variam entre moderado, grave e extremo. A previsão meteorológica indica que a estiagem persistirá, agravando as condições que favorecem a ocorrência de incêndios florestais em todo o Estado.

O combate ao fogo está sendo realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), com o apoio de diversas forças de segurança estaduais e federais, incluindo unidades dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).

Durante a transmissão ao vivo do boletim semanal da Operação Pantanal 2024, foram apresentados dados alarmantes sobre os incêndios florestais e a previsão climática, fornecida pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec). Segundo a meteorologista e coordenadora do Cemtec, Valesca Fernandes, todas as condições meteorológicas atuais favorecem a propagação dos incêndios, com temperaturas elevadas e umidade relativa do ar extremamente baixa, entre 10% e 20%.

"A previsão para os próximos dias indica um perigo de fogo muito alto a extremo, com incêndios de rápida propagação, o que dificulta o combate, mesmo por meios aéreos", destacou Fernandes.

Entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, uma frente fria deve atingir o Estado, causando uma leve queda nas temperaturas, que variam entre 14°C e 34°C, mas sem expectativa de chuva. Em áreas como Corumbá e Porto Murtinho, a umidade relativa do ar poderá melhorar ligeiramente, alcançando entre 20% e 30%, mas o calor intenso retornará já no início da próxima semana, com temperaturas previstas entre 38°C e 40°C na região pantaneira.

Setembro, tradicionalmente o mês mais crítico para incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, deve continuar sem chuvas significativas. A média histórica de precipitação para o mês varia entre 80 e 100 milímetros no Estado, e de 40 a 80 milímetros na região do Pantanal. No entanto, modelos meteorológicos indicam que as chuvas deste ano ficarão abaixo dessa média, exacerbando a seca e, consequentemente, o risco de incêndios.

“A seca se intensificou ao longo dos meses, com condições que variam de grave a moderada em todo o Estado. Estamos vendo chuvas e temperaturas abaixo e acima das médias históricas, respectivamente, criando um cenário ideal para a propagação dos incêndios. Infelizmente, não há previsão de chuva para os próximos dias”, alertou a coordenadora do Cemtec.

A consolidação desta previsão de estiagem e agravamento da seca ocorre quase seis meses após o Cemtec ter alertado sobre a situação climática extrema em Mato Grosso do Sul, quando já em fevereiro de 2024 foram observadas chuvas abaixo da média desde dezembro de 2023, prenunciando o atual cenário de desastres ambientais.




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