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Hoje é Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025.
Uma semana após o rompimento da barragem do loteamento de luxo Nasa Park, a incerteza persiste para as famílias diretamente afetadas pela tragédia. A área continua coberta pela lama, que devastou casas, arrastou móveis, eletrodomésticos, veículos e até animais, deixando um cenário de grande destruição.
Imagens exclusivas de drone do Jornal Midiamax mostram a extensão dos danos causados pelo colapso da barragem em Jaraguari. Sete dias após o desastre, os moradores ainda lutam para limpar suas residências e iniciar a reconstrução de suas propriedades, que antes eram verdadeiros lares.
O futuro das áreas afetadas permanece incerto. Além dos danos materiais e emocionais, os residentes estão preocupados com a possível contaminação do solo e a viabilidade de retomar a agricultura. Para isso, os pequenos produtores estão se organizando para realizar perícias nas áreas atingidas.
Thiago Lopes, um dos moradores impactados, expressou sua angústia ao Jornal Midiamax: “A gente não sabe como vai ser, se vamos poder plantar, morar ali outra vez. Não é só uma questão de danos materiais. É afetivo também. Moro aqui há 32 anos, meu pai há 38. Meus avós construíram esse lugar. Isso aqui é nossa vida.”
Os proprietários das propriedades atingidas precisam aguardar a conclusão das perícias para iniciar a reconstrução. Inicialmente, cada um deverá entrar com ações judiciais contra os responsáveis pelo Nasa Park e contratar perícias particulares para avaliar os danos.
O Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública estão acompanhando o caso e oferecendo apoio às famílias afetadas. A Polícia Civil também investiga o incidente e realizará perícias nas propriedades.
De acordo com a Defesa Civil, cinco famílias foram diretamente afetadas pela tragédia. Algumas perderam suas casas, documentos e pertences pessoais e agora enfrentam dificuldades, recebendo apenas doações.
Seis dias após o desastre, representantes do loteamento Nasa Park visitaram as residências dos pequenos produtores para distribuir cestas básicas e água. Até então, as famílias não haviam recebido assistência adequada dos responsáveis pelo empreendimento.
O rompimento da barragem, que ocorrera em 20 de agosto, envolveu um lago usado para entretenimento dos moradores do condomínio. A barragem estava irregular tanto perante o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) quanto o Corpo de Bombeiros, e os proprietários já haviam sido multados por infrações ambientais.
Em resposta, a A&A Empreendimentos Imobiliários, responsável pela represa, emitiu uma nota oficial se comprometendo a “ressarcir os danos sofridos” pelas famílias afetadas. A empresa informou que realizou o cadastro das famílias para o ressarcimento e está distribuindo cestas básicas, água mineral e roupas.
