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Queimadas ameaçam ecossistemas interligados entre Naviraí e Itaquirai, afetando biodiversidade na bacia do Rio Paraná

Veja o vídeo no final da matéria que está circulando nas redes sociais.
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Foto : Reprodução/ de um vídeo hoje na BR 487 Por: Editorial | 23/08/2024 15:06

A região de Naviraí e Itaquiraí, no sul de Mato Grosso do Sul, abriga uma das poucas reservas remanescentes de Mata Atlântica na bacia do Rio Paraná. Nessa área, estão localizados o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema e o Parque Municipal de Naviraí. Esses ecossistemas são interligados e abrigam uma rica biodiversidade de fauna e flora, formando um mosaico de áreas protegidas essenciais para a manutenção da vida selvagem e dos recursos naturais.

nos utimos anos, as queimadas no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, no Parque Municipal de Naviraí, no Parque Nacional de Ilha Grande, na Foz do Rio Amambai e na região do Porto Caiuá têm causado sérios impactos ambientais, colocando em risco não apenas a vegetação nativa, mas também as espécies de animais que dependem desses habitats. O fogo, que se espalha rapidamente, destrói áreas de matas, campos e várzeas, comprometendo a regeneração natural e a capacidade dos ecossistemas de se recuperarem.

Nossa reportagem conversou com o professor João do Carmo, conhecido como Chocolate, que atua como geógrafo e gestor ambiental. Ele alertou sobre a gravidade das queimadas na região, destacando que a continuidade dessas práticas pode causar danos irreversíveis à biodiversidade local. "Estamos diante de um cenário crítico, onde a perda de espécies da fauna e flora é iminente, e a fragmentação dos corredores ecológicos que conectam as diferentes áreas protegidas está cada vez mais acentuada", explicou o professor.

Chocolate enfatizou a importância dos corredores ecológicos para a sobrevivência das espécies, que dependem dessas conexões entre habitats para encontrar alimento, abrigo e locais seguros para reprodução. Segundo ele, a destruição dessas áreas pode levar à extinção de espécies que já estão sob pressão devido à perda de habitat, além de comprometer a resiliência dos ecossistemas da região. "Precisamos agir agora e planejar varias estradas de acesso para que as forças de segurança possa, em caso de incêndio, combater o fogo em regiões hoje de difícil acesso, evitando que essas perdas se tornem irreversíveis," concluiu o professor.

Além dos impactos diretos, as queimadas também contribuem para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, agravando as mudanças climáticas e alterando o ciclo hidrológico da região. As comunidades locais, que dependem dos recursos naturais para sua subsistência, também sofrem as consequências, enfrentando a perda de áreas de cultivo e a contaminação dos corpos d'água.

Diante desse cenário alarmante, ambientalistas e autoridades locais têm se mobilizado para conter as queimadas e proteger os ecossistemas interligados na região. No entanto, os desafios são grandes, e ações coordenadas entre governo, sociedade civil e proprietários rurais são essenciais para garantir a preservação dessas áreas de extrema importância ecológica e para o futuro das próximas gerações.

A urgência em implementar medidas de proteção e restauração é evidente, com a necessidade de fortalecer ainda mais a educação ambiental e investir em alternativas que respeitem a integridade dos ecossistemas e assegurem a continuidade da rica biodiversidade da região.




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