A Febre Oropouche, uma arbovirose transmitida pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido popularmente como "maruim" ou "mosquito-pólvora", está ganhando atenção devido à sua semelhança com outras doenças como Dengue e Chikungunya. Com sintomas que incluem dor de cabeça, dores musculares, articulares, náuseas e diarreia, a doença pode ser prevenida com medidas simples, mas eficazes, que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) recomenda para evitar sua propagação.
Medidas de Prevenção no Dia a Dia
A gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, reforça que, apesar de não haver um tratamento específico para a Febre Oropouche, a prevenção é a chave. “Pacientes com sintomas devem buscar repouso, hidratação e tratamento sintomático, assim como fazemos para casos de Dengue. Ao surgirem sintomas, é essencial procurar uma unidade de saúde”, orienta.
A médica infectologista Andyane Tetila acrescenta que gestantes devem ter atenção especial. “Para prevenir a picada do mosquito transmissor, é importante usar repelentes apropriados, roupas compridas de cor clara, além de instalar mosquiteiros e telas em casa”, recomenda a especialista, alertando que a infecção durante a gravidez pode causar complicações, embora ainda faltem estudos específicos sobre seus efeitos em gestantes.
Controle do Mosquito Vetor
Além das medidas individuais, é fundamental controlar a proliferação do Culicoides paraensis. Estudos sobre controle químico estão em andamento, mas a SES enfatiza a importância do controle mecânico: limpeza regular dos quintais, eliminação de matéria orgânica do solo e manejo correto de áreas de criação de animais.
“Outras medidas, como vedar caixas d'água, evitar recipientes que acumulem água, manter garrafas sempre viradas para baixo e limpar calhas e quintais, também ajudam a controlar não só o vetor da Febre Oropouche, mas de outras arboviroses”, explica Jéssica Klener. A infectologista Andyane Tetila também sugere o descarte de lixo em sacolas fechadas e em locais apropriados para evitar o acúmulo de matéria orgânica que favorece a reprodução do mosquito.
Cuidados em Áreas de Risco
Se for necessário viajar para áreas de risco, a SES recomenda evitar locais de mata e margens de rios, especialmente entre 9h e 16h, horários de maior atividade do vetor. “Para aqueles com suspeita de Febre Oropouche, o uso de repelentes, mosquiteiros e outras medidas de proteção individual é crucial para evitar a transmissão durante o período de viremia”, alerta Jéssica.
A prevenção é a melhor forma de proteger sua saúde e a de sua família contra a Febre Oropouche. Adote essas medidas e ajude a combater a disseminação dessa doença.