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Hoje é Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025.
Quase quatro anos após um incêndio devastador que destruiu as instalações do Moinho Talita, em Santo Antônio do Sudoeste, Paraná, a indústria de 31 anos voltou a operar no início deste mês (1/8) graças a um investimento de R$ 15 milhões financiado por sua filial em Dourados. A planta, agora com capacidade aumentada para 200 toneladas diárias, superou a capacidade de 150 toneladas antes do incêndio.
O incêndio, ocorrido na madrugada de 7 de outubro de 2020, atingiu o núcleo do moinho, onde estavam as principais máquinas. A destruição forçou a demissão de 50 funcionários e deixou a empresa sem capacidade de moagem. “Nossa solução foi arrendar uma indústria em Dourados, apesar de não conhecermos bem a produção de trigo no Mato Grosso do Sul”, explica Maiko Kleverson Priamo, sócio-diretor da unidade.
Priamo acrescenta que, ao surgir a oportunidade de adquirir o moinho arrendado, localizado ao lado da rodovia BR-163 e a 567 quilômetros da planta paranaense, a empresa enfrentou o desafio de encontrar matéria-prima, uma vez que há poucos produtores de trigo no estado e os cerealistas locais trabalham predominantemente com soja e milho. Além disso, a falta de sementes adaptadas ao clima e a necessidade de pré-limpeza das cargas devido à ausência de maquinário específico foram desafios iniciais.
Uma vantagem, segundo Priamo, é que as cultivares desenvolvidas recentemente para a região garantem grãos de melhor qualidade e com menor umidade – cerca de 12% em vez dos 18% do Paraná. Isso reduz os custos com secagem. No entanto, o calor constante em Dourados exige um controle mais rigoroso de carunchos, levando a indústria a realizar paradas periódicas de uma semana a cada 90 ou 120 dias para tratamento de pragas, em comparação com o controle anual feito anteriormente no Paraná. (Informações Globo Rural)
