Chuva ajuda a conter incêndios no Pantanal

Com a chuva desde a madrugada desta quinta-feira (8), as áreas de incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, registraram uma significativa redução nas temperaturas, o que ajudou no controle e até na extinção das chamas em alguns pontos. Regiões como Albuquerque, Miranda e Abobral se beneficiaram das condições climáticas, que auxiliaram no combate aos focos de incêndio.

Entretanto, na fazenda Santa Clara, apesar da queda nas temperaturas e do aumento de umidade, o vento continua forte, mantendo o risco de propagação do fogo. Em outras áreas, como as fazendas Cáceres e Tupanceretã, o fogo foi controlado, mas o trabalho de combate segue intenso, especialmente no Porto da Manga, onde o Corpo de Bombeiros continua atuando.

Valesca Fernandes, meteorologista e coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), destacou a drástica mudança de temperatura em Corumbá, onde os termômetros marcavam 37,3°C na quarta-feira, e caíram para 16°C na manhã de quinta. Após meses de seca extrema, a região registrou 20 mm de chuva, uma ajuda crucial no combate aos incêndios.

Apesar das chuvas, a situação ainda é crítica. Fortes ventos, com velocidades superiores a 50 km/h, têm dificultado o combate ao fogo, principalmente por inviabilizarem o uso de aeronaves. A densa fumaça, além de prejudicar a visibilidade, aumenta o risco para pilotos e equipes de terra.

A tenente-coronel Tatiane Inoue, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, alertou sobre a gravidade da situação, especialmente ao longo da BR-262, onde o fogo atingiu as margens da rodovia, exigindo a interrupção do tráfego. "As nossas equipes fizeram a segurança e o combate. Se você precisar trafegar por aqui, muita atenção. Está extremamente perigoso", avisou.

O capitão Hamad Pereira, que coordenava as operações em solo, ressaltou os desafios enfrentados devido às condições climáticas extremas, que incluem altas temperaturas e baixa umidade. Esses fatores, combinados com a fumaça densa, têm tornado o combate ao fogo mais difícil e perigoso, tanto para a população quanto para as equipes envolvidas. (Informações Governo de MS)