Indígenas Guarani Kaiowá se reúnem com Lula em Brasília após ataques em Douradina

Uma delegação de indígenas Guarani Kaiowá de Douradina está em Brasília para se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, para discutir os conflitos fundiários no Estado, que resultaram em um ataque recente que deixou 11 indígenas feridos. Os representantes chegaram à capital federal no domingo (4) e estão se reunindo com diversas autoridades, incluindo a Defensoria Pública da União e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

O encontro com o presidente Lula está previsto para esta semana, após seu retorno do Chile. Além disso, o efetivo da Força Nacional em Douradina será aumentado de 32 para 64 militares, e haverá uma troca de comando na coordenação das ações, visando melhorar a proteção da comunidade indígena.

No último final de semana, Douradina sofreu dois ataques armados contra os Guarani Kaiowá, com o primeiro ocorrido no sábado (3) após a saída da Força Nacional da região. Os atacantes utilizaram munição letal e balas de borracha, resultando em ferimentos graves para dois indígenas. Um segundo ataque aconteceu na noite de domingo (4). A Polícia Federal está investigando os incidentes.

Paralelamente, o ministro do STF Gilmar Mendes iniciou uma série de reuniões de conciliação sobre questões fundiárias, abordando a tese do marco temporal. O objetivo é buscar soluções para os conflitos, com a participação de representantes de diversas partes, incluindo a senadora Teresa Cristina e o governador Eduardo Riedel. A ministra Sônia Guajajara também viajará a Mato Grosso do Sul para mediar o diálogo e promover a pacificação.

Até o fechamento desta matéria, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) não havia se manifestado sobre os ataques e as discussões no STF.