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Hoje é Sábado, 15 de Novembro de 2025.
Trabalhadores do setor de transporte pesado fecharam a fronteira entre Brasil e Bolívia, na região de Corumbá, localizada a 427 quilômetros de Campo Grande, em protesto contra a escassez de diesel. O tráfego de veículos está sendo permitido apenas para carros de passeio.
Segundo representantes da categoria, os protestos na linha de fronteira entre Corumbá e Puerto Quijarro serão mantidos por tempo indeterminado. O movimento começou na última semana em Santa Cruz de La Sierra, a 600 quilômetros de Corumbá, e se intensificou após as demandas dos manifestantes não serem atendidas. Diversos pontos estratégicos foram bloqueados nos últimos dias.
Um dos bloqueios mais significativos ocorre no quilômetro 13 da Avenida Rodoviária de La Guardia, que liga Santa Cruz de La Sierra aos municípios da região sul da Bolívia e à antiga rodovia que dá acesso à cidade de Cochabamba.
Conforme relatado pela imprensa boliviana, há bloqueios em Puerto Quijarro, onde apenas motocicletas e carros pequenos estão autorizados a passar. Em Puerto Suárez, nenhum veículo consegue ultrapassar o bloqueio, exceto motocicletas. A fila de caminhões é extensa e os veículos devem permanecer parados na região por tempo indeterminado.
“A medida é de âmbito nacional e por tempo indeterminado. Esperamos que o diesel chegue ao país”, declarou Marcelo Cruz, dirigente dos transportes pesados internacionais, ao jornal Diário Corumbaense.
De acordo com informações da Administração Rodoviária Boliviana, há pelo menos 50 pontos de bloqueio em estradas de nove departamentos do país, conforme relatório atualizado na manhã de hoje (1º).
Até o momento, as cidades afetadas pelos bloqueios incluem Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba, Sucre e El Alto, onde o trânsito está completamente paralisado em várias ruas e avenidas. A situação continua a causar grandes transtornos e espera-se que as autoridades bolivianas tomem medidas para resolver a escassez de diesel e negociar com os manifestantes para liberar as estradas. (Informações dos jornais El Deber, Diário Corumbaense e Ercell Puerto Quijarro)
