| Hoje é Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024.

EUA voltam a cobrar transparência nas eleições da Venezuela: "paciência está se esgotando"

Ampliar
John Kirby, porta-voz do governo dos EUA para assuntos de segurança | Flickr Por: Editorial | 01/08/2024 09:36

O governo dos Estados Unidos criticou a falta de transparência nas eleições da Venezuela. Em uma coletiva na quarta-feira (31), o porta-voz do governo para assuntos de segurança, John Kirby, cobrou a divulgação dos dados detalhados do Conselho Eleitoral venezuelano, que declarou a vitória do presidente Nicolás Maduro.

“Nossa paciência e a da comunidade internacional está se esgotando. Estamos esperando que as autoridades eleitorais venezuelanas sejam honestas e divulguem os dados completos e detalhados sobre esta eleição para que todos possam ver os resultados”, disse Kirby. “Estamos observando”, frisou.

Kirby citou o relatório do Carter Center, que apontou que o pleito na Venezuela não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral, afirmando que o processo não pode ser considerado democrático.

O porta-voz também expressou preocupação com os relatos de violência e detenções nos protestos realizados em todo o país. Além disso, destacou a emissão de mandados de prisão contra líderes da oposição, acusados pelo governo Maduro de incitar as manifestações.

“Condenamos a violência política e a repressão de qualquer tipo. Nossos corações estão com todas as famílias que perderam um ente querido ou estão enfrentando ferimentos dos quais precisam tentar se recuperar”, afirmou Kirby.

Contexto

A contestação do resultado eleitoral ocorre em meio a rumores de que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), favorável a Maduro, tenha fraudado a apuração. Segundo a contagem oficial, Maduro recebeu 52,21% dos votos, enquanto Edmundo González obteve 44,2%. A oposição contesta os números, alegando ter provas da vitória de González.

A apuração também é questionada por diversos governos internacionais, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Argentina, Uruguai, Equador, Peru e Colômbia, além da União Europeia. Todos pedem a divulgação das atas das urnas, que mostram a veracidade da contagem de votos. O Brasil fez a mesma solicitação.

OEA também não reconheceu resultado

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconheceu o resultado das eleições venezuelanas. No entanto, uma resolução que ampliava a pressão sobre a Venezuela foi rejeitada por falta de votos. Foram 17 votos a favor, 17 abstenções – incluindo o Brasil –, nenhum contra e cinco delegações ausentes.

A resolução exigia que a Venezuela publicasse imediatamente os resultados das eleições em nível de cada seção eleitoral e realizasse uma verificação abrangente dos resultados na presença de organizações de observação independentes, além de destacar a importância de preservar as urnas.

PORTAL DO CONESUL
NAVIRAÍ MS
CNPJ: 44.118.036/0001-40
E-MAIL: portaldoconesul@hotmail.com
Siga-nos nas redes sociais: