Funeral de chefe do Hamas morto em ataque começa nesta quinta-feira (1º)

Nesta quinta-feira (1º), milhares de pessoas se reuniram em Teerã, capital do Irã, para participar do funeral de Ismail Haniyeh, chefe do Hamas. A cerimônia contou com orações conduzidas pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que declarou três dias de luto no país. Ao final do dia, o corpo de Haniyeh será levado para Doha, no Catar, onde será enterrado.

Haniyeh, que liderava o Hamas desde 2017, foi morto em um ataque aéreo que atingiu a casa onde ele estava hospedado em Teerã. Ele havia viajado ao Irã para participar da posse de Pezeshkian, ocorrida na terça-feira (30).

A suspeita é de que Israel tenha realizado o bombardeio, dado que o país já vinha mirando o chefe do Hamas desde outubro de 2023, após o ataque ao festival de música Universo Paralello. Em abril deste ano, um ataque aéreo matou três filhos de Haniyeh, que também atuavam no grupo palestino na Faixa de Gaza.

Embora o governo israelense não tenha se pronunciado oficialmente, o ministro do Patrimônio de Israel, Amichay Eliyahu, celebrou a morte de Haniyeh. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o país desferiu “um golpe esmagador” em aliados iranianos.

Países temem expansão do conflito

A morte de Haniyeh aumenta as preocupações da comunidade internacional sobre a expansão do conflito entre Hamas e Israel. Desde o início das hostilidades em 7 de outubro, mais de 35 mil pessoas morreram e quase 80 mil ficaram feridas na Faixa de Gaza, além de quase 2 milhões de deslocados na região.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia condenou a morte de Haniyeh, culpando Israel e alertando que o ato pode escalar o conflito para uma escala regional.

Os Estados Unidos também se manifestaram, com o secretário de Defesa, Lloyd Austin, afirmando não ter detalhes sobre o assassinato de Haniyeh, mas esperando evitar a expansão do conflito.

China, Jordânia e Líbano também condenaram o assassinato, afirmando que ele aumentará a tensão e o caos na região. A diplomacia brasileira declarou estar acompanhando a evolução da situação no Oriente Médio.