O Centro Carter criticou duramente a eleição presidencial realizada no último domingo (29) na Venezuela, afirmando que "não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerada democrática". O órgão, que observou o pleito, acusou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de demonstrar "claro viés" em favor do presidente Nicolás Maduro, que foi proclamado reeleito para um terceiro mandato.
Em um comunicado divulgado na noite de terça-feira (30), o Centro Carter destacou que não pôde verificar ou corroborar os resultados anunciados pelo CNE e apontou a ausência de resultados desagregados por seção eleitoral como uma grave violação dos princípios eleitorais. O órgão também alegou que a Venezuela violou diversas disposições de suas próprias leis nacionais, citando um ambiente de "liberdades restritas" para políticos, organizações da sociedade civil e mídia. Além disso, foram relatados problemas como:
O Centro Carter enviou 17 observadores para a eleição e já acompanhou 124 pleitos em 43 países.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) também se manifestou contra a legitimidade da eleição. Em um relatório divulgado, a OEA afirmou que havia indícios de que o governo de Maduro teria distorcido os resultados. A demora na divulgação dos resultados, apesar do uso de urnas eletrônicas, e relatos de "ilegalidades, vícios e más práticas" foram destacados como principais evidências de manipulação. (Informações G1)