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SUS vai oferecer gratuitamente mais dois novos medicamentos para a doença falciforme

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Divulgação Por: Editorial | 26/07/2024 15:00

O Ministério da Saúde (MS) anunciou a incorporação de dois novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento gratuito da doença falciforme: a alfaepoetina e a hidroxiureia. Estes medicamentos, que podem custar até R$ 200 no mercado, estarão disponíveis no SUS em até 180 dias.

A alfaepoetina será destinada a pacientes com declínio da função renal e agravamento da anemia. Já a hidroxiureia será disponibilizada na dosagem de 100 mg para crianças a partir de nove meses e na dosagem de 500 mg para pacientes entre nove e 24 meses que não apresentem sintomas ou complicações.

A doença falciforme, uma das enfermidades genéticas mais prevalentes no Brasil e no mundo, é transmitida hereditariamente e apresenta alta incidência entre pessoas pardas e pretas. Em 2023, 14.620 pacientes receberam tratamento para a doença através das Farmácias do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) do SUS.

“É um grande marco para a questão da anemia falciforme, uma doença em que cerca de 80% dos diagnósticos estão relacionados à população negra, sendo 52% desses em mulheres. E, ainda mais nesta semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”, afirmou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics).

Entre 2014 e 2020, nasceram quatro pessoas com doença falciforme a cada 10 mil nascidos no Brasil. A taxa de mortalidade é de aproximadamente 1,12 pessoas a cada 100.000 habitantes.

“O Ministério da Saúde toma uma decisão importantíssima. A alfaepoetina era um medicamento que ainda não estava disponibilizado para anemia falciforme no SUS, assim como a hidroxiureia na apresentação de 100 mg. Com isso, a assistência farmacêutica amplia o acesso e direciona o olhar de forma mais cuidadosa para essas crianças, considerando principalmente os grupos que mais precisam de uma atenção especial”, destacou Marco Pereira, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.

Sobre a Doença Falciforme

A doença falciforme é uma condição genética e hereditária causada por uma mutação no gene da hemoglobina (HbA), resultando na hemoglobina S (HbS). A mutação é recessiva, exigindo que ambos os pais possuam o gene. O diagnóstico é geralmente feito pelo "teste do pezinho" durante a triagem neonatal. O diagnóstico tardio pode ser feito através da eletroforese de hemoglobina, um exame de sangue disponível na rede pública e oferecido às gestantes e seus parceiros durante o pré-natal.

Os sintomas da doença começam no primeiro ano de vida e podem afetar quase todos os órgãos e sistemas do corpo. A anemia falciforme, uma manifestação comum, altera o formato das hemácias, prejudicando a circulação e o fornecimento de oxigênio. Pacientes podem sofrer com crises de dor, icterícia, anemia, infecções, síndrome mão-pé, AVC, priapismo, síndrome torácica aguda, e complicações renais e oculares.




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