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Uma semana após o apagão Cibernético: mundo ainda sente impactos

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Divulgação/Nic.br Por: Editorial | 26/07/2024 08:55

Hoje sexta-feira (26), completa-se uma semana desde o apagão cibernético global provocado por uma atualização problemática da empresa de cibersegurança CrowdStrike. O incidente afetou sistemas operacionais Windows e o serviço de nuvem Azure, da Microsoft, causando transtornos significativos em diversas partes do mundo. Aeroportos, hospitais e emissoras de televisão estiveram entre os serviços prejudicados pela falha, que afetou aproximadamente 8,5 milhões de dispositivos, conforme balanço apresentado pela Microsoft.

Apesar de a falha ter sido desencadeada por uma pequena atualização no software de cibersegurança CrowdStrike Falcon, a Microsoft não identificou um responsável direto pelo apagão. O SBT News conversou com Demi Getschko, engenheiro elétrico e uma das figuras pioneiras da internet no Brasil, para obter uma análise sobre o incidente, entender por que o Brasil foi menos afetado e avaliar as possibilidades de ocorrências semelhantes no futuro.

Getschko, que é diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e foi responsável pela primeira conexão TCP/IP no Brasil em 1991, explicou que não há indícios de ações de hackers ou programas maliciosos na falha do CrowdStrike. No entanto, ele destacou a fragilidade causada pela concentração do mercado de tecnologia e a dependência de um número limitado de empresas, o que pode potencializar o impacto de falhas técnicas.

“Não podemos subestimar os riscos de centralização em tecnologia. A diversidade de fornecedores e soluções é crucial para minimizar o impacto de problemas como este”, alertou Getschko.

O Impacto Global e as Lições Aprendidas

A pane global travou computadores e prejudicou serviços cruciais ao redor do mundo. Aeroportos enfrentaram atrasos significativos, hospitais tiveram dificuldades operacionais e emissoras de televisão ficaram fora do ar, mostrando a amplitude e a seriedade do problema.

O Caso Brasileiro

O Brasil foi relativamente menos afetado pelo apagão, uma situação que Getschko atribui à infraestrutura diversificada e à existência de políticas de redundância em sistemas críticos. “Temos uma infraestrutura que, em muitos casos, permite a operação com múltiplos fornecedores e isso ajudou a minimizar os efeitos da falha”, explicou.

Prevenção Futura

Para evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro, Getschko recomenda um investimento contínuo em infraestrutura tecnológica diversificada e políticas de segurança cibernética rigorosas. A cooperação internacional também é essencial para monitorar e responder rapidamente a ameaças cibernéticas emergentes.

O apagão cibernético da última semana serve como um lembrete da importância de uma infraestrutura robusta e resiliente em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia. As empresas e governos devem estar preparados para mitigar os riscos associados à centralização e à dependência tecnológica.




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