Mato Grosso do Sul está quase atingindo o pleno emprego, com uma taxa de desemprego de 5%, a quinta mais baixa do país. No entanto, setores como comércio, serviços, indústria e construção civil enfrentam dificuldades para encontrar mão de obra qualificada devido ao crescimento econômico acelerado e à falta de profissionais especializados.
De acordo com o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), Ezequiel Resende, a escassez de trabalhadores tem sido uma preocupação constante desde o segundo semestre de 2022. A expansão do setor industrial, incluindo agroindústria e mineração, tem exacerbado a demanda por profissionais.
Lucas Mikael, mestre em economia, explica que o crescimento econômico tem gerado uma maior demanda por trabalhadores, especialmente em setores específicos. Jordana Duenha, do Senac Mato Grosso do Sul, atribui a falta de trabalhadores à mudança nas preferências de carreira e ressalta os esforços da instituição para alinhar a formação com as necessidades do mercado.
No setor da construção civil, a demanda supera a oferta, com desafios tanto para funções qualificadas quanto para as menos especializadas. Kleber Luis Recalde, do Sinduscon-MS, destaca que a escassez de mão de obra é um problema antigo, agravado pelo rápido crescimento do setor.
Em nível nacional, metade dos setores analisados apresenta alta demanda por trabalhadores, com 20% enfrentando escassez, conforme estudo do Banco Daycoval.