Em sua primeira entrevista após sobreviver a um ataque a tiros durante um comício na Pensilvânia no último sábado (13), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou sua surpresa e gratidão por estar vivo. "Eu não deveria estar aqui, era para eu estar morto", disse Trump aos jornalistas Michael Goodwin, do New York Post, e Byron York, do Washington Examiner, enquanto viajava em seu avião privado para Milwaukee, Wisconsin. A cidade sediará, de segunda-feira (15) a quinta (18), a convenção nacional do Partido Republicano, que deve oficializar a candidatura de Trump para enfrentar o presidente Joe Biden nas eleições de 2024.
Trump relatou o impacto do ataque, destacando a reação do médico que o atendeu: "O médico no hospital disse que nunca viu nada igual a isso. Ele chamou de milagre", afirmou o ex-presidente, que estava com um grande curativo cobrindo a orelha direita, ferida no atentado. A equipe de Trump solicitou que os jornalistas evitassem tirar fotos dele.
Trump também comentou sobre a ação do Serviço Secreto, que neutralizou o atirador Thomas Matthew Crooks, de 20 anos: "Eles mataram ele com um tiro bem entre os olhos. Fizeram um trabalho fantástico. Foi algo surreal para todos nós", declarou ao Post.
Sobre as fotos tiradas logo após o incidente, onde aparece com os punhos cerrados entre agentes do Serviço Secreto, Trump disse: "Muita gente diz que é a foto mais icônica que já viram. Eles estão certos e eu não morri. Em geral, você tem que morrer para ter uma foto icônica". O ex-presidente ainda mencionou seu desejo de continuar falando após os disparos, mas foi impedido devido ao ferimento. "Por sorte ou por Deus, muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que eu ainda estou aqui", concluiu.