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Hoje é Sábado, 15 de Novembro de 2025.
Nesta quinta-feira (11), autoridades anunciaram que o Pantanal de Mato Grosso do Sul não registra mais incêndios ativos após o controle do último foco de calor, localizado na região do Paraguai Mirim. A atualização foi feita durante uma transmissão ao vivo pela internet, destacando o trabalho intenso coordenado pelo Governo do Estado, que envolve militares e brigadistas atuando por terra, água e ar.
"A base de captura do satélite é acima de 47ºC, então, mesmo sem incêndios hoje no Pantanal sul-mato-grossense, continuamos com atividades de monitoramento e rescaldo", explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar.
A preocupação agora se volta para a queima lenta dentro das áreas já afetadas, como troncos de árvores, exigindo esforços contínuos para evitar a reignição. "Apesar da massa de ar frio que chegou esta semana, reduzindo a temperatura e aumentando a umidade relativa do ar, nossas equipes combateram os incêndios até a extinção. No entanto, a tendência é que as condições climáticas se alterem nos próximos dias, com aumento das temperaturas e diminuição da umidade, podendo reiniciar o ciclo de incêndios no bioma", alertou a tenente-coronel.
Durante a transmissão, a coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), Valesca Fernandes, informou que não são esperadas chuvas nos próximos dias no Pantanal, exceto na região de Porto Murtinho. Até sábado, o tempo permanece firme, com sol e variação de nebulosidade, e temperaturas variando de 11ºC a 23°C. Na próxima semana, os termômetros gradativamente se elevam, atingindo máximas de 34ºC, enquanto a umidade fica entre 10% e 30%, condições que favorecem potencialmente novos focos de incêndio.

Todos os setores do Pantanal continuam sob monitoramento constante, utilizando drones e acompanhamento pela Sala de Situação em Campo Grande (MS).
Desde o início do ano até 9 de julho, aproximadamente 594 mil hectares foram consumidos pelo fogo no Pantanal sul-mato-grossense, correspondendo a 6% do total de 9 milhões de hectares da região. Comparado ao mesmo período de 2020, o aumento é significativo, representando um crescimento de 159% nos registros de área queimada, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ.
Os registros de focos de calor detectados por satélite totalizaram 3.098 de janeiro a 9 de julho, um aumento de 46,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A operação de combate aos incêndios no Pantanal em 2024 já soma 101 dias, com a participação de 516 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul. O esforço conjunto envolve também apoio do Ibama, ICMBio, PrevFogo, Força Nacional e Forças Armadas, totalizando mais de 400 integrantes que se revezam conforme as necessidades operacionais.

A infraestrutura inclui 11 aeronaves, como Air Tractors, helicópteros e o cargueiro KC-390, além de 39 veículos, entre caminhonetes, caminhões e lanchas, adaptados às demandas diárias de combate e monitoramento. (Informações Governo MS)
