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Professora afixa bilhete na camisa de aluno de 5 anos: mãe busca respostas em Nova Friburgo


Professora grampeia bilhete em camisa de criança de 5 anos em Nova Friburgo — Foto: Foto: Jennifer Kelly Silva Por: Editorial | 20/04/2024 08:15

 

Jennifer Kelly, mãe do aluno de cinco anos que teve um bilhete afixado à sua camisa por uma professora na Escola Municipal Santa Paula Frassinetti, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, relatou ter se reunido com a mencionada servidora em questão nesta quinta-feira, dia 18 de abril. Este incidente ocorreu no dia anterior, em um estabelecimento que atende a mais de 400 estudantes e conta com cerca de 70 funcionários.

"Eu estava determinada a confrontar a professora diretamente e compreender os motivos pelos quais ela agiu dessa maneira em relação ao meu filho", afirmou Jennifer. O contato com a servidora em questão não foi estabelecido pelo G1, porém foi confirmado seu afastamento por um período de 30 dias, conforme publicação em edição extra do Diário Oficial de Nova Friburgo na tarde de quinta-feira.

De acordo com Jennifer, durante a reunião, a professora expressou suas desculpas e tentou justificar sua conduta.

"Eu acredito que ela tentou justificar algo que é indefensável. Havia diversas maneiras pelas quais ela poderia ter me comunicado sobre a questão da caderneta. Além disso, a caderneta ficou apenas quatro dias sem ser levada à escola, porque, como todos sabem, crianças têm o hábito de tirar coisas de suas mochilas e, infelizmente, não sou perfeita. Não consigo supervisionar 100% do tempo, já que tenho minhas obrigações profissionais. Saio de casa às 5h para trabalhar e, ao retornar, preciso cuidar dele e de seu irmão, além de ter outra criança para atender".

A mãe também compartilhou detalhes sobre a explicação fornecida pela professora.

"Durante a reunião, ela explicou que afixou o bilhete na camisa do meu filho para que a babá o retirasse e me entregasse, no entanto, eu já havia dito a ela que o tempo que gastou para prender o bilhete na camisa poderia ter sido utilizado para entregar diretamente à babá ou colocar dentro da mochila".

Jennifer destacou que existem várias formas de comunicação disponíveis e mencionou as reações nas redes sociais relacionadas ao incidente.

"Vi vários comentários de pessoas dizendo que, em seu tempo, eram punidas com réguas, chamando isso de 'frescura'. Pessoal, isso não é 'frescura', não é apenas uma questão de chamar atenção".

"Infelizmente, foi a única maneira que encontrei de ser ouvida, de pedir ajuda para o meu filho, que foi humilhado e exposto. Ele não é um objeto para ser grampeado. Por favor, em que mundo estamos vivendo? Nada justifica isso, absolutamente nada! Qual é o nosso lugar, em que mundo estamos vivendo?", desabafou a mãe.

Segundo a Prefeitura, caso necessário, o afastamento de 30 dias da professora pode ser prorrogado por mais 30 dias. A Prefeitura esclarece ainda que a servidora continuará recebendo seu salário durante este período.

Antes da publicação no Diário Oficial, o prefeito Johnny Maicon já havia se pronunciado nas redes sociais sobre o afastamento da servidora.

Em uma nota atualizada sobre o caso, a Secretaria de Educação enfatizou que a pasta "jamais compactuará com tal comportamento ou qualquer ato que desrespeite e/ou viole os direitos e exponha de forma vexatória nossas crianças". (Com informações g1)




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