Israel promete cobrar ataque do Irã "quando chegar a hora", afirma ministro da guerra

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, declarou que o país irá retaliar o recente ataque realizado pelo Irã, embora não tenha especificado quando. Ele planeja se reunir com o Gabinete de Guerra ainda hoje para discutir as próximas ações.

Gantz mencionou a formação de uma coalizão regional para responsabilizar o Irã no momento e da maneira considerados mais adequados. O Gabinete de Guerra, composto pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pelo ministro da Defesa Yoav Gallant e por Gantz, estará envolvido nesse processo.

O ataque do Irã, realizado com drones e mísseis, foi descrito como "sem precedentes" e foi comemorado pelo país. O Irã alega que a ação teve como objetivo retaliar o ataque israelense ao consulado iraniano na Síria em 1º de abril.

Por sua vez, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que mais de 99% dos mais de 300 mísseis e drones foram interceptados.

No entanto, especialistas e autoridades israelenses acreditam que a resposta de Israel pode demorar. Alon Liel, ex-diretor do Ministério das Relações Exteriores, prevê que a situação se acalmará nas próximas 24 horas. Ele sugere que o governo voltará a se concentrar no planejado ataque a Rafah, na Faixa de Gaza, contra o grupo extremista Hamas.

Liel argumenta que o Gabinete de Guerra não aprovou uma resposta imediata e que os Estados Unidos tiveram um papel significativo nisso. Ele também destaca que Netanyahu enfrenta desafios em relação à Faixa de Gaza, incluindo a libertação dos reféns feitos em outubro do ano passado e a desarticulação dos "batalhões do Hamas".

Ele sugere que Netanyahu poderá aproveitar o apoio recebido por Israel durante o ataque iraniano para agir em Rafah, mas ressalta a necessidade de coordenação total com os americanos.