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Bairro de Duque de Caxias alaga após abertura de comportas de represa

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Carros debaixo d'água no bairro Amapá, entre Duque de Caxias e Belford Roxo — Foto: Charles Júnior/TV Globo Por: Walter Azzolini | 15/01/2024 08:59

Moradores do bairro Amapá, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram flagradas caminhando por ruas alagadas na manhã desta segunda-feira (15). Algumas pessoas estavam com o nível de água na altura do peito. Outros subiram nos telhados das casas e acenavam para os helicópteros, pedindo ajuda.

Desde domingo, cidades da Região Metropolitana do Rio sofrem o efeito de fortes chuvas, que provocaram a morte de 11 pessoas. Até a manhã desta segunda-feira, uma mulher seguia desaparecida. As mortes foram causadas por afogamento, descarga elétrica e soterramento. Há possibilidade de mais chuva nesta tarde.

 

  • Veja mais abaixo imagens dos alagamentos em Duque de Caxias, saiba quem são as vítimas da chuva, quais locais foram atingidos e qual a previsão do tempo para hoje.

 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou a decretar situação de emergência na capital. O temporal alagou vias e afetou a operação de linhas de ônibus e do metrô no Grande Rio no domingo. O Hospital Ronaldo Gazolla, na capital, teve o subsolo inundado e ficou sem energia. Alguns concursos e provas marcados para este domingo foram cancelados.

 

Rio transbordou em Duque de Caxias

 

Quem vive na região alagada de Duque de Caxias conta que o lugar não estava tomado pela água até a manhã de domingo. No entanto, depois das 13h, a água do Rio Capivari começou a transbordar, tomar as ruas e invadir as casas.

Os moradores contam que os bueiros também começaram a transbordar. O bairro fica no quarto distrito da cidade, na divisa com Belford Roxo, perto da Represa do Garrão.

A Prefeitura de Duque de Caxias informou que não há registro de abertura de comportas de represas por parte da administração municipal. A TV Globo tentava contato com concessionárias até a última atualização desta reportagem.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que equipes estão indo até os bairros São Bento e Amapá para verificarem a denúncia de moradores de que um comporta havia sido aberta, causando o alagamento dos bairros.

Eles contam que, quando chove, o nível da represa sobe muito e as comportas são abertas para aliviar o transbordamento.

Pessoas estão desabrigadas e sendo acolhidas em um Ciep, que é o único lugar seco do bairro. Os moradores reclamam da falta de informações e de respostas. Algumas pessoas usam barcos e caiaques para circular pelo bairro.

Ao g1, o presidente do Inea, Philipe Campello, informou que agentes estão em vários pontos da Baixada Fluminense com máquinas e verificando por que a água ainda não baixou.

“A maré está alta e isso é um dos problemas (que faz com que a água não abaixe). Estamos percorrendo a Baixada para entender se há outros problemas e quais são para resolvermos. O volume de chuva no Rio de Janeiro foi muito grande. Foram mais de 260 milímetros de chuva em 24 horas. Isso equivale a um mês inteiro de janeiro em um único dia”, disse Campello.

Buscas

 

O Corpo de Bombeiros segue nas buscas por uma mulher que desapareceu após o carro onde ela estava ter caído no Rio Botas na noite de sábado (13). O veículo foi arrastado pela enxurrada na altura da Rua Doze, no bairro Andrade Araújo, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

 

Previsão do tempo

 

De acordo com a Climatempo, o Estado do Rio de Janeiro pode ter pancadas de chuva à tarde e à noite nesta segunda-feira (15), que deve começar com sol e nuvens.

A Zona Norte da capital e municípios da Baixada estão entre as áreas mais atingidas pelo temporal. Além das mortes, a chuva provocou prejuízos materiais para moradores de vários pontos da Região Metropolitana. (g1)




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