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Hoje é Quarta-feira, 19 de Novembro de 2025.
Que atire a primeira pedra quem não reclamou de algum preço em 2023. Este ano foi de realizações, de retomada, mas também o ano em que o custo de vida foi nas alturas e assustou o campo-grandense.
Dos 365 dias, pelo menos, metade eu devo ter pensado em conta para pagar e como, literalmente, eu iria dar conta. Até acordava de madrugada, pegava a calculadora e somava os gastos daquele mês. Durante o dia, qualquer tempo que sobrava, lá estava eu com o meu caderninho, olhando as anotações. Primeiro o nome da dívida e depois o valor assustador.
A lista de gastos no mês não finda. Comida, água, energia, internet, aluguel, gasolina, remédio, escola, cartão de crédito. Aliás, esse é o checklist oficial de todo consumidor brasileiro.
Neste ano, nos deparamos com uma gangorra de preços. Em um mês, sobe; no outro, desce, dificultando a tão almejada organização financeira. Se por um lado as coisas ficam caras, por outro, o salário nem se mexe, prejudicando cada vez mais o poder de compra do consumidor.
Aluguel residencial com alta de 9,63%; educação, que inclui cursos, materiais de leitura e de estudo (8,06%); vestuário (3,89%); saúde e cuidados pessoais (5,23%).
Além disso, o metro quadrado residencial teve alta de 12,46% no ano; a energia foi reajustada em 9,28%; a água em 6,83%. O preço da cesta básica acumulou queda de 9,33%.
Em relação ao reajuste da mensalidade escolar, fica a critério de cada unidade aplicar o percentual. Em janeiro, o Campo Grande News apurou que o aumento da mensalidade variou de 2,63% a 25% em alguns colégios.
Apesar de a retrospectiva ser de 2023, esse já é um assunto que me tira o sono para o próximo ano, que ainda nem começou.
Faca na carteira - A começar pela comida, item principal para a sobrevivência. Conforme o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apesar de a cesta básica acumular queda, de janeiro a novembro (9,33%), o conjunto de alimentos vendido em Campo Grande configura como o quinto mais caro entre as capitais, com o valor de R$ 682,97 até novembro.
Em relação à carne, começou o ano custando R$ 39,58; depois em fevereiro caiu para R$ 38,78; março (R$ 38,66); abril (R$ 38,05); maio (R$ 38,75); junho (R$ 38,88); julho (R$ 37,74); agosto (R$ 36,18); setembro (R$ 34,28); outubro (R$ 34,77); e novembro (R$ 34,58).
Segundo dados repassados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ainda no acumulado do ano, os cereais, leguminosas e oleaginosas tiveram aumento acumulado de 13,5%; arroz, 20,53%; tomate, 1,65%; açúcar, 6,21%; hortaliças e verduras, 18,75%; alho, 9,68%; pão francês, 3,07%.
A alimentação fora do domicílio acumulou aumento de 4,75%; refeição, 6,2%; lanche 2,53%; refrigerante e água mineral, 5,1%; cerveja, 2,89%; outras bebidas alcoólicas, alta de 4,43% no ano. (CGnews)
