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Chuvas no RS: 3 mortes e mais de 2 mil pessoas em abrigos públicos

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Local onde vítima havia desaparecido na ERS-437, entre Antônio Prado e Vila Flores — Foto: Corpo de Bombeiros Voluntários de Antônio Prado Por: Walter Azzolini | 20/11/2023 10:33

Subiu para 3 o número de mortos pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo informações divulgadas em coletiva realizada pela Defesa Civil, neste domingo (19), o número de acolhidos em abrigos públicos no RS totaliza 2.563 pessoas.

Foi encontrado o corpo de Luis Antônio Martins, que teve o carro arrastado pela correnteza ao transitar por uma estada estadual em Vila Flores. O sepultamento está previsto para ocorrer na segunda-feira (20), às 10h da manhã, no cemitério São Roque, em Bento Gonçalves, na Serra do RS. Outras duas vítimas haviam sido encontradas em Gramado no sábado (18).

Além das 3 vítimas, uma mulher morreu e um homem e uma criança estão desaparecidos depois que um carro caiu dentro do rio Turvo, em Coqueiro do Sul, no Norte do estado. Inicialmente, o 7º Batalhão de Bombeiros Militar tratou o caso como decorrente das chuvas. A Defesa Civil do RS, entretanto, afirma que ainda não é possível estabelecer essa relação, e trata o caso como acidente de trânsito.

Tatiane Panizato, que não teve a idade divulgada, teve o corpo encontrado por volta das 2h deste domingo (19). Seu companheiro e seu filho, de 2 anos, estavam com Tatiane no veículo.

As chuvas também atingiram Roca Sales, onde, no sábado (18), uma equipe de resgate precisou se agarrar a um poste de luz para não ser levada pela correnteza.

Conforme a Defesa Civil, o Rio Grande do Sul contabiliza 51 municípios afetados e com estragos por conta das chuvas. Nas rodovias estaduais, 30 pontos estão totalmente bloqueados e 19 pontos estão com bloqueio parcial. Na ERS 115, no km 32 de Gramado, há bloqueio total devido à queda de barreira.

De acordo com a Defesa Civil do RS, o bairro Três Pinheiros e o bairro Planalto, em Gramado, estão sendo evacuados pela prefeitura do município serrano. A medida preventiva foi realizada em virtude do intenso volume de chuvas na região, bem como pelo movimento do solo entre os dois bairros.

 

Riscos de deslizamento de terra

 

Rachadura no asfalto da Rua Ladeira das Azaleias, no bairro Três Pinheiros, em Gramado — Foto: Francisco da Costa/Divulgação

Rachadura no asfalto da Rua Ladeira das Azaleias, no bairro Três Pinheiros, em Gramado — Foto: Francisco da Costa/Divulgação

Em Gramado, estima-se que cerca de 150 moradores foram retirados de suas residências no bairro Três Pinheiros devido ao risco de deslizamento de terra. Na rua Ladeira das Azaleias, o asfalto apresenta rachadura extensa, o que motivou a preocupação e a iniciativa preventiva das autoridades locais.

Segundo as autoridades, as famílias que não têm locais para se hospedar vão ser encaminhadas para o ginásio do bairro Jardim. A prefeitura local decretou situação de emergência e informou a suspensão de aulas na rede municipal de ensino para esta segunda-feira (20).

 

Cheia do Guaíba e Vale do Caí

 

Em Porto Alegre, na noite de domingo (19), a prefeitura municipal abriu o Ginásio do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), no bairro Santana, como ponto emergencial de acolhimento para os atingidos pela cheia do Guaíba, que atingiu 2,67 metros, no ponto do Cais Mauá.

As autoridades informaram que a cota de alerta do Guaíba é de 2,50 metros e para inundação 3 metros.

Devido ao contexto das chuvas, em Porto Alegre, no ginásio do Demhab, até às 20h de domingo (19), foram recebidos 8 moradores da região das Ilhas. São seis adultos e duas crianças, informou a Defesa Civil do RS.

Já na região de São Sebastião do Caí, onde o rio Caí atingiu elevação histórica de 16 metros, a última medição realizada aponta para uma redução do nível das águas. Segundo o tenente-coronel da Defesa Civil, Sandro Gonçalves da Silva, na noite de domingo (19), a aferição marcou 14,8 metros.

"A tendência é que esse nível vá reduzindo com o passar da hora e durante a madrugada. A questão é observar a situação do Guaíba e do Jacuí, ver se eles não represam. Isso vai dizer a velocidade com que o nível do rio Caí vai descer", informou o tenente-coronel da Defesa Civil.

Ao moradores do Vale do Taquari, região que foi atingida pelas enchentes de setembro, o governador Eduardo Leite (PSDB) fez um apelo para que os moradores deixem as residências e procurem locais seguros. A região tem mais de 2 mil pessoas desabrigadas, que estão sendo acolhidas em abrigos de dez municípios do RS. (g1RS)




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