Em MS, uso de drogas ilícitas por motoristas preocupa PRF

Mesmo sem equipamento especializado, PRF flagrou 12 condutores sob efeito de entorpecentes no Estado, com utilização de métodos alternativos de identificação

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Motoristas sem exame toxicológico podem receber multa de até R$ 2.934,70 se flagrados pela PRF Por: Walter Azzolini | 19/10/2023 12:41

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Mato Grosso do Sul detectou 12 condutores sob a influência de drogas nas estradas do estado. Enquanto o "drogômetro," um instrumento essencial para verificar o uso de entorpecentes, ainda está em fase de testes, a PRF enfatizou os perigos que os motoristas sob a influência de drogas representam para os demais usuários das rodovias.

O uso de estimulantes, como rebites e outras substâncias, durante a condução de veículos, representa um risco grave para a segurança viária. Tais substâncias podem afetar a concentração e a capacidade de julgamento dos condutores, aumentando a probabilidade de acidentes de trânsito.

Segundo informações do jornal correiodoestado, a falta de coordenação motora, reações lentas, diminuição da capacidade de tomar decisões rápidas e a sensação de euforia resultante do uso de drogas podem levar os motoristas a um estado de confiança falsa e a uma diminuição de sua percepção dos próprios limites.

Em 2022, a PRF já havia flagrado 17 pessoas conduzindo veículos sob a influência de substâncias psicoativas que causam dependência, e até setembro de 2023, esse número havia aumentado apenas ligeiramente, com um total de 22 casos.

Enquanto o "drogômetro" não está disponível, a PRF emprega métodos alternativos para identificar motoristas sob influência, incluindo a observação de sinais de alteração da capacidade psicomotora e a verificação dos registros de tempo de descanso em veículos de motoristas profissionais.

Além disso, a polícia realiza buscas em veículos em busca de substâncias suspeitas e avalia o tempo de viagem sem pausas dos condutores.

O "drogômetro," uma ferramenta similar ao bafômetro para identificar o uso de drogas, ainda está em fase de testes com motoristas voluntários. Após a conclusão bem-sucedida dos testes, será regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito e pelo Inmetro, permitindo sua utilização nas operações de fiscalização de motoristas sob influência de drogas.

Outro destaque refere-se ao exame toxicológico, que foi temporariamente suspenso em 2022, resultando em multas para motoristas que não o realizaram. Essa suspensão foi encerrada em dezembro de 2023, e o Congresso Nacional restabeleceu a multa automática para motoristas com atrasos no exame. A multa é aplicável a condutores profissionais com carteira nas categorias C, D e E, e sua fiscalização será feita sem a necessidade de abordagem, com multa de R$ 1.467,35 e adição de sete pontos na carteira. A realização do exame toxicológico agora é uma obrigação estritamente regulamentada.