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EUA vetam texto do Brasil sobre guerra Hamas x Israel no Conselho de Segurança da ONU

Washington, que tem poder de veto, protestou contra falta de menção do direito de autodefesa de Israel. 'Triste e decepcionado', disse embaixador brasileiro.
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Com veto dos EUA, proposta brasileira é rejeitada na ONU. — Foto: GloboNews/Reprodução Por: Walter Azzolini | 18/10/2023 16:25

Com veto dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) o texto proposto pelo Brasil sobre a guerra entre Hamas e Israel.

Atual presidente rotativo do Conselho de Segurança, o Brasil havia elaborado uma resolução que seria a primeira manifestação formal do órgão da ONU diante do novo conflito no Oriente Médio.

Mas os EUA votaram contra a proposta. Como o país tem poder de veto (leia mais abaixo), o texto foi integralmente reprovado, e agora uma nova versão será elaborada, ainda sem prazo, segundo o Itamaraty.

Dois países - a Rússia e o Reino Unido - se abstiveram, e apenas os Estados Unidos votaram contra.

O texto brasileiro condenava os ataques terroristas do Hamas e cobrava de Israel - sem mencionar o nome do país - o fim do bloqueio à Faixa de Gaza.

O embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese, criticou o veto dos EUA - há dias, o Itamaraty vinha tentando convencer Washington a apoiar seu texto - e se disse "profundamente triste e decepcionado".

 

"Nós trabalhamos intensamente para construir uma posição conjunta, fazendo esforço para acomodar posições diferentes, às vezes opostas", disse Danese. "Nossa resposta era robusta, e estamos gratos a todos os membros do Conselho que se juntaram a nós e que demonstraram um sincero desejo multilateralismo. Mas, mais uma vez, tristemente o Conselho não conseguiu adotar uma resolução em relação à situação palestina. De novo, o silêncio prevaleceu. Nós estamos profundamente tristes e decepcionados".

 

Após a votação, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, argumentou que seu país ficou "desapontado" pelo fato de o texto não mencionar o direito de autodefesa de Israel.

"Não poderíamos aprovar essa resolução assim. (...) E nossa diplomacia está sendo feita em campo", disse a embaixadora, em referência à viagem que Joe Biden fez nesta quarta-feira a Israel. (g1)




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