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Hoje é Terça-feira, 23 de Dezembro de 2025.
O conflito entre Israel e Hamas chegou ao terceiro dia nesta segunda-feira (9). Já são mais de 1,3 mil mortos e milhares de pessoas feridas, segundo levantamento divulgado pelas autoridades locais.
O empresário Arthur Melon, 66 anos, é de Porto Alegre, mas vive no país do Oriente Médio há 43 anos. Ele mora com a esposa e a sogra a cerca de 7 km da Faixa de Gaza.
"Romperam a cerca divisória e invadiram o Estado de Israel. Entraram e assassinaram todos que viam na rua. Incendiaram móveis ao lado das portas dos quartos de segurança para obrigar as pessoas a saírem", relatou Melon.
O empresário contou ao g1 que o grupo extremista armado entrou na cidade de Sderot, perto da Faixa de Gaza, em caminhonetes e começou a "disparar indiscriminadamente". Segundo ele, também houve registros de casas de famílias da região saqueadas.
"Raptaram civis. Homens, mulheres, crianças e idosos e os levaram para a Faixa de Gaza, para servirem de escudos humanos contra um possível ataque das forças armadas de Israel", disse.
Israel declara guerra após ataque do Hamas; entenda
De acordo com o jornal The Times of Israel, pelo menos 260 corpos foram encontrados após o Hamas atacar uma festa de música eletrônica. O evento era realizado no deserto de Negev, no Sul de Israel, perto da Faixa de Gaza.
"Ao ouvirem os alarmes contra mísseis, começaram a fugir com os carros, e aí foram encurralados pelas caminhonetes com os terroristas armados, que dispararam contra os carros e assassinaram mais civis. Os jovens que não conseguiram fugir da festa foram assassinados a sangue frio", disse Melon.
O Ministério das Relações Exteriores contabiliza, desde domingo (8), um brasileiro ferido e três desaparecidos na região. Um dos desaparecidos é o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos. Ele estava junto da namorada e um amigo.
Nas redes sociais, postou um vídeo em que mostra a fumaça e é possível ouvir o som dos foguetes. No vídeo, ele relata a apreensão que vivia (veja abaixo).
"Cara, eu juro que essa situação não tem como inventar. No meio da rave, a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma baixada nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, gente correndo, quilômetros, para achar um lugar pra se esconder, velho", disse.
O pai de Ranani mora em Israel, e a mãe em Porto Alegre. Ele estudou no Colégio Israelita, que fica na cidade gaúcha. (g1RS)
