Guerra no Oriente Médio pode aumentar preço do diesel, diz Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, abordou na segunda-feira (9), durante um evento no Rio de Janeiro, a possibilidade de um aumento na volatilidade dos preços do petróleo devido à atual situação de conflito no Oriente Médio.

Prates ressaltou que a decisão de ajustar os preços dos combustíveis no Brasil em resposta a um eventual aumento nos custos dos derivados em função do cenário internacional dependerá do comportamento de cada componente, especialmente a gasolina e o diesel.

Ele também fez questão de enfatizar que a política de preços não é exclusivamente uma responsabilidade da Petrobras, mas também do país como um todo. Nesse contexto, Prates expressou a esperança de que a política de preços atual, que tem sido implementada, possa demonstrar sua eficácia ao minimizar os impactos das flutuações internacionais nos preços.

Durante sua participação em um evento promovido pela Câmara de Comércio Noruega e Brasil, em conjunto com a Innovation Norway e o consulado geral da Noruega no Rio de Janeiro, Prates comentou sobre a possível influência da guerra no Oriente Médio nos preços do petróleo: "Na guerra, provavelmente vai ocorrer um aumento na volatilidade. Haverá variações muito especulativas e a situação vai demonstrar a utilidade da política de preços atual, pelo menos a adotada pela Petrobras, em mitigar esses efeitos".

Em relação à preparação da Petrobras para esse cenário, Prates destacou que a empresa não está tomando medidas específicas neste momento, uma vez que a situação não é nova. Ele afirmou: "Não é porque acordamos nesta segunda-feira com esse cenário de guerra. Vamos observar e, na verdade, não há muito mais a fazer do que o que já estamos fazendo. Devemos ser ágeis na monitorização dos preços, especialmente do diesel, e nos adaptarmos conforme necessário. Se houver necessidade de ajuste, nós o faremos."

Com essa declaração, o presidente da Petrobras transmitiu a ideia de que a empresa está acompanhando de perto os desenvolvimentos no mercado de petróleo e está disposta a tomar medidas apropriadas, se necessário, para lidar com as flutuações de preços resultantes da atual situação no Oriente Médio. (agenciabrasil)