PAC prevê R$ 95 milhões para dragagem de 3 bancos de areia no Rio Paraguai

Durante um evento sobre direito ambiental no Bioparque Pantanal, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, anunciou que o Novo PAC destinará R$ 95 milhões para a dragagem de três trechos do Rio Paraguai, entre Corumbá e Porto Murtinho. Segundo informações do jornal correiodoestado, a licença ambiental já foi solicitada ao Ibama e deve ser liberada em três ou quatro meses, permitindo que os trabalhos comecem no último trimestre do próximo ano.

A dragagem é essencial para melhorar a navegabilidade do rio, especialmente em trechos onde a areia acumulada prejudica o transporte. Apesar de possíveis questionamentos de ambientalistas, o impacto ambiental é considerado baixo. Os trabalhos só podem ser realizados quando o nível do rio está baixo, geralmente entre novembro e fevereiro.

Após a dragagem, espera-se que o rio seja navegável mesmo durante a estiagem, uma vez que o governo paraguaio também está realizando operações semelhantes entre Porto Murtinho e a confluência do Rio Paraguai com o Rio Paraná, com duração prevista de 36 meses.

É importante notar que o aumento na extração de minérios em Corumbá torna a dragagem urgente, pois o transporte desses minérios é afetado pelos pontos de assoreamento. O volume de minérios despachados nos primeiros sete meses deste ano foi 29% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando o maior registro já registrado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Além dos minérios, houve um aumento significativo no transporte de soja pela hidrovia, mas isso ocorreu abaixo dos pontos críticos de assoreamento, onde o transporte de minérios ainda é problemático. Nos primeiros oito meses deste ano, foram embarcadas 1,38 milhão de toneladas de soja, um aumento de 360% em relação ao mesmo período de 2022.