Vem aumento por aí: barril do petróleo bate em U$ 100

A Petrobras anunciou que, por enquanto, não planeja realizar alterações nos preços dos combustíveis, mas está monitorando de perto as flutuações do mercado para proteger sua lucratividade. Jean Paul Prates, presidente da estatal, indicou que quaisquer ajustes nos preços ocorrerão se o patamar do preço do petróleo se estabilizar, à semelhança do que aconteceu no último aumento em 16 de agosto. Segundo o jornal midiamax, ele destacou que se o valor da commodity atingir a marca de US$ 100, conforme previsto para outubro, isso representará uma significativa "barreira psicológica".

"Por enquanto, nossos modelos indicam que é viável manter os preços dos combustíveis no mesmo nível, sem apresentar qualquer risco à rentabilidade da empresa", afirmou Prates após um evento com atletas olímpicos patrocinados pela Petrobras.

Prates assegurou que, em nenhum momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reuniu na última segunda-feira, fez solicitações para congelar os preços. Ele reforçou que o objetivo permanece sendo "abrasileirar" os preços dos combustíveis.

"O processo de 'abrasileiramento' dos preços não é apenas uma estratégia de campanha presidencial. Nós reformulamos o modelo e faremos os ajustes quando o novo patamar estiver consolidado", enfatizou, observando que as refinarias da empresa estão operando com uma taxa de utilização de 94%, um aumento considerável em relação ao ano anterior. "Isso se deve à manutenção em andamento na refinaria Regap em Minas Gerais", acrescentou o executivo.

Negociação da Participação na Braskem

Prates também revelou que as negociações para a venda da participação da Novonor na Braskem estão em progresso, e que a Petrobras, como acionista, possui o direito de preferência para adquirir o ativo. No entanto, ele esclareceu que ainda não foi tomada uma decisão final.

"A situação da Braskem está evoluindo. Estamos começando a receber informações e estamos concentrando nossos esforços nisso. Já que somos acionistas da Braskem, temos o direito de preferência, mas não estamos adquirindo novas ações na Braskem. Vamos avaliar se vale a pena ou não", explicou Prates.

A Petrobras detém uma participação minoritária, porém substancial, na Braskem, e de acordo com fontes, seu envolvimento será fundamental para o desfecho do negócio.