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Hoje é Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2025.
No ano atual, Mato Grosso do Sul alcançou um patamar recorde de arrecadação de impostos. Conforme os dados do boletim de arrecadação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) referentes aos primeiros sete meses do ano, o montante acumulado foi de R$ 11,243 bilhões, representando um aumento de 9,06% (ou R$ 934 milhões) em relação aos R$ 10,309 bilhões obtidos no mesmo período de 2022.
Calculando essa cifra ao longo de sete meses (212 dias), revela-se que cerca de R$ 53 milhões são recolhidos diariamente pelo governo estadual. De acordo com os registros históricos do Confaz, esse é o melhor desempenho já registrado desde o início da coleta de dados em 1999.
Ao analisar os dados mensais, a média arrecadada no corrente ano é de R$ 1,6 bilhão. No mês de julho, a arrecadação totalizou R$ 1,537 bilhão. O destaque vai para janeiro, com o melhor resultado do ano, quando foram recolhidos R$ 1,972 bilhão. Por outro lado, fevereiro registrou a menor arrecadação (R$ 1,466 bilhão).
O doutor em Economia Michel Constantino destacou o incremento positivo na arrecadação de tributos em Mato Grosso do Sul. Ele ressaltou que esse aumento é importante para o estado e os municípios, contribuindo para infraestrutura e investimentos.
No cenário das taxas, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) mantém-se como a principal fonte de arrecadação do estado. Representando 82,32% do total recolhido, o ICMS gerou R$ 9,257 bilhões - um aumento de 7,14% em comparação com 2022, quando foram arrecadados R$ 8,640 bilhões.
Em seguida, o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) acumulou R$ 910,528 milhões de janeiro a julho. Esse montante representa um crescimento de 19,28% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram recolhidos R$ 763,342 milhões.
Outras fontes de arrecadação, agrupadas como "outros tributos", somaram R$ 812,214 milhões, contribuindo com 7,22% do total até o mês passado. Por último, o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD ou ITCMD) recolheu R$ 251,299 milhões nos primeiros sete meses deste ano, um aumento de 9,24% em comparação ao mesmo período de 2022.
Para Constantino, o crescimento da economia é um fator crucial para ampliar a arrecadação de impostos a longo prazo. Isso ocorre com a abertura de novas empresas, geração de empregos e aumento da renda real.
