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Gigantes podem se unir em consórcio para administrar a Malha Oeste

Empresas da mineração e da celulose, grandes geradoras de demanda para a ferrovia, conversam nos bastidores para administrá-la
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Ferrovia Malha Oeste, que passa por Campo Grande, está sem uso desde a década passada - Gerson Oliveira Por: Walter Azzolini | 14/08/2023 13:21

Empresas importantes, incluindo aquelas relacionadas à holding J&F, como J&F Mineração e Eldorado Celulose, junto com outras gigantes como Suzano e empresas do setor petroquímico, estão considerando a formação de um consórcio para administrar a Malha Oeste. Segundo informações do Correio do Estado, a ferrovia, estendendo-se por 1.973 quilômetros do Mato Grosso do Sul até a Região Sudeste, é atualmente gerida pela Rumo Logística.

Esta ferrovia, que possui uma extensão considerável de Corumbá (MS) a Mairinque (SP) e tem sido mais ativamente utilizada em São Paulo, está passando por um processo de relicitação. Recentemente, o Tribunal de Contas da União autorizou a Rumo Logística a renegociar sua permanência na concessão sem necessariamente participar do processo de relicitação conduzido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

As empresas envolvidas no possível consórcio reconhecem o potencial da Malha Oeste, que possui capacidade para transportar até 74 milhões de toneladas, conforme indicado por um estudo realizado pelo governo de Mato Grosso do Sul. Produtos como minério de ferro, principalmente da J&F Mineração, bem como celulose das plantas da Suzano e Eldorado em Três Lagoas, tornam a ferrovia uma opção viável para escoar suas produções.

O investimento necessário para a nova concessionária assumir a operação da ferrovia é substancial, com previsão de R$ 18,1 bilhões ao longo de 60 anos. Os primeiros sete anos exigiriam o maior montante, cerca de R$ 16,4 bilhões, destinados à modernização da infraestrutura, compra de locomotivas e outras melhorias.

Antecipa-se um aumento significativo no volume de carga transportada até 2031, o que poderia gerar uma receita líquida estimada em R$ 21,8 bilhões até 2083 para a nova concessionária. Dessa forma, a Malha Oeste continua a ser um ativo valioso para a logística e o transporte de mercadorias entre o Mato Grosso do Sul e a Região Sudeste.




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