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Adolescentes indígenas e negros são os últimos na fila de adoção

A partir de 2019, Mato Grosso do Sul registrou 570 adoções, cuja maioria dos adotados são crianças pardas ou brancas com até dois anos e sem deficiências
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Foto: Reprodução Por: Walter Azzolini | 04/08/2023 14:03

Desde a unificação do sistema para facilitar adoções em 2019, Mato Grosso do Sul registrou a adoção de 570 crianças. No entanto, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), crianças com mais de 14 anos, indígenas, negras ou com alguma deficiência estão no fim da fila de adoção. Ou seja, são menos procuradas.

A faixa etária de 0 a 2 anos é a mais privilegiada, com 231 crianças adotadas, seguida pela de 2 a 4 anos, com 99 adoções. No entanto, à medida que a idade aumenta, o número de adoções diminui drasticamente.

Crianças e adolescentes entre 14 e 16 anos têm apenas 19 adoções registradas nos últimos quatro anos no Estado, demonstrando que as famílias interessadas em adotar preferem não acolher pessoas que fogem do ideal buscado.

Ao analisar os dados do CNJ, percebe-se outro fator crítico: a questão étnica, com 279 crianças pardas e 179 brancas que encontraram um lar adotivo, enquanto apenas 29 crianças pretas e 17 indígenas tiveram a mesma oportunidade. Além disso, há 71 casos em que a etnia não é informada, o que pode impactar a identidade cultural.

Crianças com deficiência também enfrentam um desafio adicional. Durante o período analisado, apenas quatro crianças com algum tipo de deficiência física ou intelectual foram adotadas em Mato Grosso do Sul. (correiodoestado)




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