Quais as “rusgas” de Lula com a União Europeia

Há vinte anos está sendo estudado um acordo comercial entre o Mercosul e a União Eurepéia. Desde então, está sendo travada uma luta entre os dois blocos em que as partes acordem um texto que seja bom para as duas partes.

Mas isso esbarra no protecionismo europeu com o seu agronegócio. A Eurpora fica no hemisfério norte e este tem quanse meio ano de frio e a produção é muito menor que o Brasil, que fica no hemisfério sul, mas é um país tropical que ocupa um enorme território logo abaixo da linha do Equador e tem produção agrícola o ano todo.

Mas não é só de agro que o acordo está sendo feito. Além de resistencias aos produtos primários, os europeus querem a abertura para a comercialização de produtos industrializados, mas para isso, eles querem que o Brasil limite a cobrança de impostos (que no Brasil são um “escândalo”).

A título de exemplo, um determinado vinho produzido na Europa (que produzem em larga escala) que lá custa 1,5 € (euro), esse mesmo vinho aqui no Brasil chega a custar R$ 100,00 reais. O Brasil tem problemas com esse tipo de produtos porque competiria com os vinhos nacionais e os preçoes tenderiam a cair.

Nesse acordo, Mercosul/União Européia, há tratativas para que a Eurpora possa vender máquinas e equipamentos de alta tecnologia. Até aí nada de mais, mas o problema é que o Brasil quer comprar, mas que a tecnologia seja disponibilizada para que o Brasil possa, no futuro, produzir essas mesmas máquinas, ou seja, transferência de tecnologia.

Numa “side letter” (lado carta - tradução livre; significado: anexo) a União Européia impôs diversas condições, como por exemplo, desmatamento ZERO, o que é, devido ao tamanho do Brasil, impraticável. Outra: que o Brasil se comprometa a ser um “parceiro democrático” que não apoie ditaduras, o que é um problema para Lula que tem relações muito próximas com a Venezuela (ditadura comunista) e o regime cubano (ditadura comunista), o que, segundo o presidente do Brasil, é um ultraje.

Lula está em viagem para tentar minorar as divergências do acordo. (Portal do Conesul)