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Bancada federal de MS tende a ser favorável à Reforma Tributária

Dagoberto Nogueira e Beto Pereira não declararam o voto abertamente. Oposição ao governo é contra proposta
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Dagoberto Nogueira e Beto Pereira não declararam o voto abertamente, contudo, Dagoberto teria recebido valores de emendas petistas nesta quarta-feira - Arquivo Por: Walter Azzolini | 06/07/2023 21:01

Com a retomada da discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, que trata a respeito da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, em Brasília, os parlamentares sul-mato-grossenses já estão definindo como irão votar a proposta.

Dos oito deputados de MS, apenas Camila Jara e Vander Loubet, ambos do PT, e Geraldo Resende (PSDB) são abertamente favoráveis ao projeto. 

Já os deputados de oposição do governo Lula, ou seja, Luiz Ovando (PP), Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, do PL, já declararam voto desfavorável ao projeto de lei que prevê mudanças no sistema de tributação brasileiro. 

A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Dagoberto Nogueira (PSDB), que afirmou que o parlamentar ainda estava reunido com demais parlamentares da sigla para decidir como será seu voto. Beto Pereira, do mesmo partido, não declarou qual será seu voto. 

  • Camila Jara (PT): SIM 
  • Vander Loubet (PT): SIM 
  • Geraldo Resende (PSDB): SIM 
  • Luiz Ovando (PP): NÃO 
  • Rodolfo Nogueira (PL): NÃO 
  • Marcos Pollon (PL): NÃO 
  • Dagoberto Nogueira (PSDB): Não declarou voto 
  • Beto Pereira (PSDB): Não declarou voto 

JUSTIFICATIVAS 

Ao Correio do Estado, o deputado Vander Loubet (PT) afirmou que é favorável à Reforma por entender que essa mudança fará com que a economia do Brasil cresça. Além disso, o petista acredita que a proposta pode passar na Câmara, já que, de acordo com ele, o parlamento está com "clima político" para tanto. 

"O Brasil só tem a ganhar com a simplificação do nosso sistema tributário. Além disso, vamos avançar muito na busca por justiça tributária, já que é uma reforma pensada nas oportunidades para o Brasil gerar emprego e renda, se reindustrializar e ganhar competitividade.", destacou em nota. 

No mesmo sentido, Geraldo Resende (PSDB) afirmou ao Correio do Estado que também votará pela aprovação por entender que a modificação no sistema tributária pode promover um crescimento econômico para o país.  Resende ainda reforça que seu voto está em sintonia com o posicionamento do governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB), que já se posicionou de maneira favorável ao texto que tramita na Casa de Leis federal. 

Por outro lado, Rodolfo Nogueira (PL), que faz parte da ala de oposição ao atual governo e integra a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), aponta que a PEC tende a retirar de 20% a 45% da renda bruta do produtor rural dependendo da cultura produzida.

De qualquer forma, de acordo com o parlamentar, essa perda iria onerar ainda mais os alimentos comercializados para a população, embora o texto apresentado assegure que a cesta básica terá o imposto zerado. 

Ainda em defesa do produtor rural, Nogueira aponta que a Reforma também irá proporcionar maior burocracia ao setor, além de "acabar" com os incentivos fiscais, principal forma de trazer produtividade a MS. No entanto, o texto apresentado apenas prevê que tais incentivos serão regulamentados por lei complementar posterior. 

Na mesma linha, Luiz Ovando afirma que também será contra a proposta, embora seja a favor de uma reforma tributária no país, mas, de acordo com ele, "não dessa forma que foi apresentada".

O parlamentar classifica a proposta como "complexa, centralizadora e sufocante", já que, de acordo com ele, aumentaria a carga tributária e concentraria o poder nas mãos da União. 

"Devemos agir com cautela e prudência. Estão tentando nos impor uma solução milagrosa e tratar esse assunto com precipitação e negligência não é prudente. Além disso, há falta de consenso e um diagnóstico amplo sobre a carga tributária", afirmou. 

Assim como Rodolfo Nogueira, Ovando defende que os interesses do setor agropecuário também sejam levados em consideração. 

Até o fechamento desta matéria, Dagoberto Nogueira e Beto Pereira não haviam declarado seus votos. (correiodoestado)




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